Capítulo 9
Broke up
-Alô, Dianna. – Harry disse após puxar o celular do bolso e efetuar a chamada. – Pode me encontrar no café? – Pediu. - Quero resolver uma coisa. – Disse seco. – Estarei lá, não demore, por favor. – Ele desligou em seguida. Bufou.
-Você vai mesmo fazer isso então? – Duan perguntou seco ao seu lado.
-Eu tenho que fazer isso. – Harry bufou.
-Você está escolhendo fazer. Se quisesse mesmo enfrentar tudo isso teria o apoio de muita gente. – Disse caminhando até a porta da casa de Harry.
-Não é tão simples, Duan, acha que eu não estou me sentindo um lixo por ter que fazer isso? – Harry disse agoniado, porém num tom raivoso fora do comum.
-Vai se arrepender. – Duan disse grosseiro antes de fechar a porta atrás de si.
Depois de uma hora desde a ligação repentina e misteriosa, Dianna entrara numa cafeteria e sentara numa mesa perto da janela onde esperava Harry chegar como costumavam fazer. Dianna olhava pela janela ansiosa. No tempo que esperava diversas vezes levava os olhos ao seu relógio de pulso, e constatava o atraso incomum de Harry. Depois de uma hora, cansada de esperar e nervosa com a demora, Dianna pegara o celular para ligar pra Harry até que o viu adentrando o café com um olhar serio que a fitava com suspense.
-Harry! – Ela levantou e correu para dar um beijo em Harry que desviou o rosto. Dianna engoliu a seco e desviou os olhos para o chão antes de se sentar. – O que houve? – Perguntou ela mordendo os lábios.
-Preciso conversar com você, Dianna. – Harry se mantinha sério, os lábios selados, e testa franzida como se estivesse nervoso. Dianna, ansiosa, batucava de leve na mesa com as unhas tentando disfarçar o nervoso.
-Pode falar. O que aconteceu? – Dianna se exaltava. Harry revirou os olhos e encarou o vazio por um momento. – Harry, me diz o que tá acontecendo, você tá me deixando preocupada. – Dianna o fitou com medo nos olhos.
-Quer saber o que é? – Harry disse sério. – Não dá mais pra levar isso tudo a diante. – Ele mordeu os lábios ao terminar de dizer e logo abaixou a cabeça. – Quero dar um fim no que estamos tendo, seja lá o que for. – Ele bufou.
-Está terminando comigo? – Dianna respirava ofegante. – Por quê? – Ela perguntou sem reação aparente.
-Porque eu não quero mais, é isso. – Disse Harry olhando para o chão.
-Olha pra mim, Harry. – Dianna pediu sendo ignorada. - EU DISSE PRA OLHAR PRA MIM! – Ela levantou a voz o que fez Harry obedecer. – Tem...-Dianna engoliu a seco antes de terminar a frase – outra pessoa? – Ela mordeu os lábios.
-Tem. – Ele respondeu seco antes de bufar. – Escuta, Dianna, eu não quero magoar você, mas a verdade é que não dá certo nós dois juntos. – ele pegou em sua mão.
-E você percebeu isso só agora? – Ela permanecia séria, como se a ficha ainda não tivesse caído.
-Estou com uma mulher de verdade agora, ela tem a minha idade, é madura, e vai dar certo. – As palavras de Harry fizeram que Dianna soltasse sua mão da dele. – Dianna, olha... – Ele tentou pegar em sua mão de novo, mas ela recuou.
-Não! – Exclamou ela nervosa. – Quer dizer que de repente você fica distante de mim, mal fala comigo quando me vê e antes mesmo de me dar um fora diz que já tem uma outra pessoa? Você não tem direito de fazer isso comigo. – Ela permitiu que as lágrimas invadissem seus olhos.
-A vida é minha, VOCÊ É QUEM NÃO TEM O DIREITO DE ACHAR QUE PODE MANDAR NA MINHA VIDA! – Harry levantou a voz e bateu com a mão na mesa.
- MANDAR NA SUA VIDA? VOCÊ ESTÁ NA MINHA VIDA AGORA, E EU A ARRISQUEI POR VOCÊ! – Dianna se levantou chorando.
- PÔS A SUA VIDA EM RISCO? EU PUS TUDO O QUE CONSTRUI EM RISCO POR CAUSA DE UMA BOBEIRA ADOLESCENTE, ALGO QUE NUNCA DARIA CERTO, PORQUE VOCÊ É UMA CRIANÇA! – Harry berrou com raiva em sua bela voz, o que atraiu os olhares dos clientes que estavam em volta do café. A frase de Harry deixara Dianna sem reação, e ela permanecia de pé em silêncio. -Procure um garoto da sua idade, que possa te dar um relacionamento saudável pra sua idade, porque eu já passei dessa fase de sonho adolescente, que não tem consequências nem limites, acabou. – Ele baixou o tom de voz, mas continuava com os olhos sérios.
-Eu não acredito que todo esse tempo não passava de um jogo pra você, uma diversão. Você disse que me amava, Harry e eu confiei em você. – Dianna chorava com a voz tremula.
-Não deveria ter confiado... Afinal por que um homem se interessaria de verdade por uma menina? – As palavras de Harry também saiam tremulas com o nervoso. Dianna mais uma vez deixava o silêncio tomar conta de si. Harry caminhou até Dianna devagar e deu um beijo em sua testa pouco antes de caminhar até a porta de saída.
-Quer saber? – Dianna gritara fazendo Harry parar na porta ainda de costas para ela. – Eu sou mesmo uma criança idiota, mas sou idiota por ter confiado em você, e quer saber, Harry? Eu posso sim ter dezessete anos, mas ainda assim serei mais madura do que você. Você não teve nem coragem de chegar na hora pra me dispensar, porque você é um covarde, um grande covarde mentiroso e quer saber a verdade? Você foi a criança esse tempo todo porque eu me arrisquei sozinha enquanto você se escondia atrás das suas aparências! – Dianna gritava no meio da cafeteria, e todos que ali estavam os encaravam. Harry ainda de costas deixou uma lágrima rolar pelo rosto e abaixou a cabeça.
-Isso só mostra que tudo não passou de uma besteira adolescente. Até a aula, senhorita Allen. – Harry saiu da cafeteria e Dianna chorando despencou em cima da cadeira eu se encontrava atrás dela. Podia sentir seu rosto queimar devido à raiva. Suas mãos tremiam, ela não conseguia conter as lágrimas. Era como se parte de si, parte de seu coração se despedaçasse de uma maneira que ela não sabia que era possível. Queria falar as piores verdades pra Harry, queria fazê-lo sentir a dor que ela sentia agora, mas nem com toda a raiva do mundo conseguia querer seu mal. Harry já dentro de seu carro parou num sinal vermelho e involuntariamente se pôs a chorar, encostando sua cabeça sobre o volante.
Os corredores do colégio estavam mais amontoados do que nunca. As cheers saíam do ginásio com dificuldade. – O que está acontecendo? – Santana perguntou agoniada tentando andar.
-Mais uma publicação idiota daquele jornal da Melanie. – Disse Courtney. De repente Belatrix caminhou furiosa na direção de Candy que apenas arregalou os olhos azuis assustada.
-Já leu a matéria principal, querida? – Bella sorriu irônica.
-Não. – Candy disse de cabeça baixa, já estava tensa, podia sentir seu corpo rígido devido ao medo que sentia.
-Eu vou ler pra você então. – Disse Belatrix fazendo com que todas as atenções dos alunos em volta se direcionassem para as duas. – Uma das líderes de torcida do bando de Belatrix Campbell, Candy Thompson está namorando nada mais nada menos que Paul Adams às escondidas. Agora eu te pergunto, Candy, o que te faz pensar que pode passar por cima das minhas regras? – Belatrix se ergueu ficando ainda maior que Candy que não conseguia reagir.
-Ai, meu Deus, eu não acredito. – Disse Giovanna com o jornal em mãos. – A Bella vai dar um ataque com a Candy. – Suspirou encarando as duas.
-Bella, eu juro que eu não quis passar por cima das suas regras, eu... – Candy foi interrompida por Belatrix que a essa altura já tinha uma postura um tanto descontrolada frente à situação.
-Termine com ele. – Ordenou.
-Não, Bella, espera, por favor. – Candy sentiu as lágrimas inundarem seus olhos. – Eu posso explicar tudo isso. – Disse agoniada, mas Bella apenas ignorou.
-Escute apenas uma coisa, queridinha: Termine com esse garoto ou saia da minha equipe. Ninguém é indispensável, muito menos você, Thompson. – Bella deu as costas se pondo a caminhar. Todos abriam caminho para sua passagem mais ameaçadora que o normal. Bella ergueu uma das mãos à cintura e com a outra derrubou todos os jornais em exposição numa pequena bancada improvisada. Candy ficou paralisada, totalmente em choque. Não iria perder seu lugar de prestígio na equipe, o que significava que teria que perder Paul.
-Can, você está bem? – Perguntou Courtney se aproximando dela acompanhada por Santana e Giovanna.
-Espera ela se acalmar e tentamos enfrentá-la juntas. – Disse Giovanna com um sorriso simpático.
-Não. – Disse Candy seca. – Não vou perder meu lugar. Eu vou terminar com o Paul. – Candy saiu em disparada.
-Candy, espera! – Gritou Giovanna. – Eu não acredito que ela vai desistir assim. – Disse Giovanna encarando-a correr em direção a saída do prédio.
-Sabe que ela nunca faria nada que a tirasse das cheers. – Santana bufou. – Que droga. – Suspirou.
Escute The one that got away, cover by Tiffany Alvord & Chester See
Candy correu em direção a Paul assim que o avistou com o violão em mãos, sentado no gramado do campo. Ele sorriu ao avistá-la o que a fez sentir uma dor ainda maior. – Meu amor! – Ele se levantou para abraçá-la, mas ao perceber sua feição entristecida logo abaixou os braços. – O que houve, Can? – Ele franziu o cenho.
-Precisamos conversar. – Candy disse entre os dentes.
-Precisamos conversar – Paul riu. – Sabe que essa frase nunca é acompanhada de uma coisa boa, não é? – Ele pôs as mãos nos bolsos da calça. – O que houve? – Suspirou.
-Já viu isso? – Ela entregou o jornal nas mãos de Paul que o pegou e apertou os olhos para ler.
-Espera, Candy, então isso quer dizer que não precisamos mais nos escondermos, isso é maravilhoso! – Paul rapidamente correu para abraçar Candy que o parou. Ele a encarou friamente. – O que está acontecendo, Candy? – Perguntou.
-Não podemos continuar juntos. – Ela encarou o chão.
-Como é que é? – Paul riu. – Tá brincando não é, Candy? – Ele cruzou os braços na frente de si.
-Bella ameaçou tirar minha vaga na equipe, e eu não posso perder essa vaga, você sabe! – Candy se pôs a chorar.
-Mas pode me perder, perder o que temos? – Paul deu uma volta e meia com as mãos na cintura enquanto Candy apenas chorava.
-Paul, tenta entender, eu não posso... – Ela tentou se explicar, mas Paul rapidamente a interrompeu.
-Não pode. Essa é sua desculpa pra tudo, Candy! – Ele disse raivoso. – E a noite de ontem? Aquilo não teve significado nenhum pra você? – Ele perguntou indignado.
-É claro que teve, Paul, mas eu não posso ficar com você se isso me fizer perder a torcida! – Candy disse agoniada, mas antes que pudesse dizer qualquer outra coisa ele a interrompeu.
-Sabe o que mais me dói? É que eu amo você, e realmente pensei que aceitar essa palhaçada de namoro às escondidas nos levaria para um relacionamento de verdade, assumido, e olha agora! Olha aonde chegamos! – Paul a encarou.
-Eu não queria que fosse assim. – Candy disse cabisbaixa.
-Você escolheu. Escolheu sozinha. Simplesmente decidiu. – Ele disse com raiva.
-E o que você queria que eu fizesse? Que droga, Paul, é a minha vida, é o que eu amo fazer! Eu não vou abrir mão da torcida pra ficar com ninguém, nem mesmo com você. – Candy levantou o tom de voz ainda chorando. Suas palavras fizeram Paul ficar paralisado. – Não quis dizer isso, eu só quis dizer... – Ela tentou se explicar em vão.
-Eu entendi o que você quis dizer. Não sou o suficiente pra te fazer deixar de ser essa líder de torcida egoísta e prepotente que você sempre foi. – Ele riu. – Sabe o que é pior? É que eu realmente acreditei que você tinha algo de bom, mas você só sabe usar e descartar as pessoas conforme a sua vontade e necessidade. – Disse.
-Isso não é verdade. – Candy falou sem forças.
-É sim a verdade, Candy. Quer saber? Fique com a torcida, fique com a Bella, porque vocês se merecem, você não percebe, mas é igual a ela. – Disse. – Ontem foi especial para mim, sabia? Aquilo era importante pra mim, e fez ver o quanto eu sou louco por você e agora você simplesmente me descarta e pisa no que tudo isso significou pra mim! – Paul deu as costas para Candy, mas antes de andar voltou a falar. – Eu juro que tentei entender, mas sua ambição foge ao meu entendimento. Não acredito que confiei em você. – Ele riu sarcástico. – Divirta-se com a sua torcida idiota! – Ele saiu andando.
-Paul! – Candy chamou, porém foi ignorada. – Paul, espera, eu não sou assim. – Ela se pôs a chorar, mas ele logo sumiu de sua vista. – Droga! – Esbravejou ao vento. Ela se sentou no pequeno banco sobre o gramado onde não conseguiu manter-se calma, apenas chorava mais. Enquanto isso Paul em fúria adentrou o colégio.
-Paul! – Jenny chamou-o, mas ele apenas ignorou e saiu correndo na direção do estacionamento.
Escute The Scientist, Glee.
Harry estava sentado no sofá de sua casa. Ele tinha os olhos vazios e não encaravam diretamente nenhum objeto fixo, apenas vagavam perdidos em seus pensamentos que a essa hora eram muitos. Duan adentrou sem bater, sabia que Harry a essa hora já havia terminado com Dianna e o esperava pra falar sobre, e apesar de estar parcialmente decepcionado com ele agora, sabia que precisava dele.
-Hazz... – Duan chamou fazendo-o encará-lo.
-Pode dizer que eu sou um babaca. – Harry disse antes de bufar.
-Não vou dizer, apesar de ser o que eu to pensando. – Duan sorriu torto fazendo Harry rir por um leve segundo. Logo suas mãos estavam coçando seus olhos, demonstrando o quanto se sentia acabado por dentro e por fora. – Como foi? – Duan perguntou ao se sentar ao seu lado, apesar de já saber a resposta.
Escute Broken hearted girl, Beyoncé.
-Eu já me sentia mal antes de fazer, mas depois de ver os olhos dela, e a expressão dela quando eu disse aquelas coisas horríveis, eu me senti a pior pessoa do mundo. – Harry ofegou. – Ela não merecia passar por isso, não merecia ouvir o que eu tive que dizer. – Completou.
-Com certeza ela não merecia... – Duan suspirou. – Como ela ficou? – Perguntou.
-Ela ficou arrasada, não era pra menos, eu tive que ser insensível e grosseiro, e ela me disse coisas horríveis, e ela chorou tanto, que eu nem sequer tive coragem pra encará-la, ou pra conferir como ela ficou depois que eu caminhei pra porta. – Explicou-se. Duan torceu os lábios.
-E qual o próximo passo? – Ele indagou Harry que parecia perdido se lembrando do ocorrido.
-Eu não faço ideia. – Ele reclamou jogando a cabeça pra trás. – Só queria poder ficar com ela, mas sou agora a última pessoa que ela quer ver no mundo. Eu não sei nem o que vou fazer da minha vida, não sei como eu vou olhar pra ela todos os dias e não poder nem sequer chegar perto pra saber como ela está. – Disse tristonho.
-Hazz, infelizmente as coisas vão ser assim agora... – Duan tentou confortá-lo.
-Me prometa que vai fazê-la ficar bem, e que sempre vai me dizer como ela está, porque sinceramente eu preciso saber mesmo que eu não possa fazer nada. – Disse. Duan assentiu.
-Eu sinto muito, Hazz... – Duan disse sincero, fazendo com que Harry se deixasse dominar pelo que sentia e começasse a chorar compulsivamente, fazendo com que Duan precisasse consolá-lo em um abraço. – Eu sinto muito mesmo, meu irmão. – Ele disse de novo enquanto Harry soluçava abraçado a ele.
-Eu a amo tanto, Duan... – Ele disse em meio a lágrimas. – Eu não queria perde-la, eu não queria. – Harry disse aos prantos.
-Eu sei, Hazz, vai passar, eu juro, vai passar... – Duan disse antes de torcer os lábios.
-Como eu vou viver sem ela? – Ele perguntou demonstrando o quanto estava fora de si naquele momento, o que só fez Duan suspirar e se entristecer junto a ele enquanto via o mesmo soluçar abraçado a si. Não havia o que dizer, tampouco o que fazer. Nem sempre a vida dava escolhas para que realidades como essa pudessem ser mudadas, mas de uma coisa Duan sabia, nunca pensou que veria Harry naquele estado que estava agora. Harry parecia ter voltado aos oito anos de idade quando viu seu primeiro monstro debaixo da cama e correu para o colo do pai buscando conforto, buscando que dissesse que era apenas uma mentira e o colocasse de volta na cama, mas infelizmente, aquela era a realidade. Duan apenas o abraçou com mais força, deixando-o despencar em lágrimas. – Vai passar... – Duan repetiu pra ele, mas a essa altura nem ele mesmo sabia se acreditava naquilo.
No refeitório os comentários ainda eram frequentes. Belatrix andava lançando olhares cruéis e repressores que faziam todos pararem de falar rapidamente. – Quero todas no ginásio agora. – Belatrix disse ao se aproximar da mesa onde todas as cheers estavam, inclusive Candy de olhos inchados. Todas apenas se entreolharam e se levantaram para seguir Bella, chamando a atenção de todos no refeitório. Courtney foi caminhando abraçada a Candy que ainda deixava transparecer o quanto tudo aquilo ali a consumia. Bella abriu as portas do ginásio dando passagem a todas que caminharam até o centro e se sentaram no chão. Belatrix deu uma volta sobre elas até que parou na frente com um sorriso vitorioso e angelical.
-Acho que precisamos esclarecer algumas coisas. – Ela disse com um tom simpático e ao mesmo tempo assustador. – Pelo visto vocês andam se esquecendo das regras básicas que eu estabeleci ao me tornar capitã, ordens invioláveis que prometeram honrar a partir do momento em que entraram para a equipe. – No momento em que Bella terminou aquelas palavras Dianna adentrou o ginásio com uma expressão tão ruim quanto a de Candy. Belatrix a encarou. – Como não chegar atrasada para os ensaios. – Ela encarou Dianna com raiva que apenas se sentou no meio das outras meninas. - Eu estava falando, Dianna, sobre as regras básicas que estabeleci e que vocês se comprometeram a cumprir. – Disse.
-Desculpe, Belatrix. Tive um imprevisto. – Dianna disse sem encará-la.
-Querida, pouco me importa se seu imprevisto alto de cabelos e olhos castanhos e você estavam curtindo por aí, o que eu quero é que você esteja aqui na hora que eu determinar. – Disse. Dianna apenas assentiu. – Bom, como eu ia dizendo, acho que vocês estão esquecendo dessas regras e precisam de um estimulo para se lembrar. – Bella riu.
-Aonde você quer chegar, Bella? – Perguntou Giovanna confusa.
-Quero chegar, cunhadinha, no ponto chave dessa torcida: Eu sou a capitã. A partir de agora as coisas vão ser assim: Um deslize equivale a uma advertência, um segundo deslize equivale à expulsão da equipe. – Ela sorriu.
-Como é que é? – Giovanna arregalou os olhos. – Isso é um total absurdo. – Disse.
-Até porque os deslizes vão ser julgados por você, Belatrix, ou seja, tudo o que não for aceitável pra você no Maravilhoso Mundo de Bella você vai julgar como deslize. – Santana rolou os olhos.
-Exatamente, mexicana. – Belatrix sorriu. – Ah e, Candy, você já fez o que eu mandei? – Bella perguntou se aproximando de Candy.
-Sim. – Candy disse baixinho.
-Ótimo. Porque você já teve um deslize, e o próximo, bom, você já sabe o que vai acontecer. – Bella riu. – Aliás, espero que todas vocês tenham entendido o que comportamentos rebeldes podem ocasionar, não é mesmo, Candy querida? – Belatrix deu as costas para todas. – Estão liberadas por hoje. – Disse seca. Todas apenas se levantaram e caminharam até a saída.
-O que você tem? – Santana perguntou se aproximando de Dianna.
-Harry terminou comigo. – Dianna disse abaixando a cabeça enquanto caminhava em direção a saída do colégio acompanhada das meninas.
-Como é que é? – Giovanna arregalou os olhos.
-Desculpem, meninas, mas eu não quero falar disso agora. – Dianna disse finalmente chegando em frente ao seu carro e entrando no mesmo pra dar a partida deixando-as ali sem reação inicial.
-Não acredito. – Disse Santana assustada. – Filho da mãe! – Falou enquanto Giovanna encarava o vazio como se buscasse alguma resposta para o que acabara de ouvir, mas na verdade não tinha nenhuma.