Sr Robert andava pelos corredores, acompanhado de um ilustre senhor de cabelos brancos, e óculos grandes que escondia as rugas. Os dois adentraram a sala do quarto ano que fazia no momento a aula de química. O traje formal do senhor fez com que a atenção de todos os alunos, inclusive a de Harry se direcionassem a ele.
-Bom dia, alunos, bom dia, professor Evans! – Disse Sr Robert, sorrindo encostado na porta.
-Bom dia! – Harry respondeu sozinho – Onde fica a educação? – Perguntou aos alunos distraídos.
-Bom dia. – Responderam em coro baixo, ainda prestando atenção no senhor grisalho.
-Bom esse é o Sr Andrews, ele é o novo psicólogo do colégio, e está fazendo um trabalho com todas as turmas, e é claro que eu quis começar pela turma mais problemática, o último ano - Sr Robert sorriu cruzando os braços – Se importa que eu interromper a aula, professor Evans? Gostaria que também participasse, é importante para o bem da escola! – Completou o diretor se aproximando de Harry que apenas balançou a cabeça em sinal positivo.
-Bom dia turma, meu nome é Edward Andrews, podem me chamar de Sr. Andrews, e eu sou o novo psicólogo do colégio como disse o diretor. Bom, eu gostaria de avisar a todos que estou a disposição para falar de qualquer tipo de problema, desde os que considerem mais fúteis e pequenos como brigas com o namorado popular, amores não correspondidos, até problemas com os pais e entre professor e aluno. – Ele riu fazendo Dianna e Harry arregalarem os olhos por um minuto. – Tudo bem, professor Evans?
-Eu? É, tudo bem. – Harry sorriu sem graça.
-Como se sente agora? – Perguntou Edward.
-Bom, me sinto feliz e bem, acho que é isso. – Harry sorriu de lado.
-Parece nervoso. – Sr Andrews sorriu para Harry como se fosse possível perceber algo no ar.
-Bom. – Harry gaguejou olhando para Dianna que abaixou a cabeça. – Eu estava pensando que esqueci de levar a prova deles pra tirar cópias. – Harry riu tentando disfarçar.
-Entendo. – Sr Andrews disse ainda desconfiado.
-Isso é uma bobeira. – Disse Belatrix. – Não sei pra que precisaríamos de terapia, eu pelo menos tenho uma vida ótima. – Ela sorriu angelicalmente.
-A terapia pode ajudar muito a encarar a vida de uma forma melhor, ser mais sociável. – Edward disse sorridente.
-Acho que eu não preciso disso. – Ela riu. – Assim como acho que psicólogos são coisas pra malucos sensíveis. – Ela falou de forma ignorante fazendo Edward ignorá-la.
-É sempre difícil lhe dar com jovens. – Ele sorriu para Harry.
-Desculpe por isso. – Pediu Harry.
-Tudo bem não há importância. Já foi o suficiente por hoje. Obrigado pelo tempo e pela ajuda, Sr Evans. – Edward apertou a mão de Harry e deu adeus aos que ainda permaneciam em sala.
-Bom, o nosso tempo se esgotou então não tem mais como dar aula hoje, vocês estão liberados. – Harry sorriu. Todos começaram a se levantar para sair da sala. As meninas saíram juntas, conversando e Dianna saía logo em seguida, porém Harry chamou-a antes dela conseguir pisar fora da sala. -Dianna! – Exclamou Harry com os olhos brilhando.
-Sim... – Dianna sorriu antes de se virar para Harry.
-Quero aproveitar esse tempo pra te levar num lugar, será que você gostaria de vir? – Perguntou Harry se aproximando fazendo com que Dianna sorrisse.
-Claro. – Ela mordeu os lábios.
-Então vem! – Harry pegou Dianna pela mão e antes de sair da sala olhou para os lados para ver se o corredor estava vazio. Ele levou Dianna pela mão até uma escada empoeirada na ala pouco visitada do colégio, onde ficavam apenas os aparatos antigos de bailes, cadeiras e mesas quebradas, materiais de limpeza, dentre outros objetos pouco utilizados.
-Que lugar é esse? – Perguntou Dianna assustada enquanto observara tudo a seu redor.
-Aqui embaixo é realmente assustador, mas não é o que eu quero te mostrar ainda. – Harry sorriu subindo o primeiro degrau da escada.
Os dois subiram alguns longos lances de escada até que chegaram a uma pequena porta amarelada devido à poeira e a umidade. Harry com apenas uma das mãos empurrou-a. Ao abrir da porta Dianna avistou um lindo jardim a céu aberto, com milhares de flores de diversas espécies e cores, levemente congeladas pela neve fraca que ainda caía suavemente devido ao inverno, menos rigoroso agora, que permitia o sol incidir raios amarelados sobre o local, aumentando ainda mais as cores dali.
-É o telhado? – Dianna sorriu, com os olhos observando tudo com graciosidade.
-Sim, descobri isso no primeiro dia de aula quando me perdi na hora de ir embora, e desde então gosto de vir aqui pra pensar, refletir, estudar, enfim, é o meu espaço secreto. – Harry sorriu se aproximando de Dianna.
-E por que queria me trazer aqui? – Dianna sorriu quando ele pegou em suas mãos.
-Pra ser sincero, é porque eu conheci uma linda jovem na segunda semana de aula, e me encantei por ela, passei o natal e o fim de ano todo tentando beijá-la, mas não consegui. – Harry riu fazendo Dianna corar. – Pensei que esse lugar era especial pra falar algumas coisas que sinto a ela. – Disse.
-Ela vai gostar de ouvir. – Dianna soltou-se das mãos de Harry e caminhou até a ponta do telhado.
-Desde que eu te vi pela primeira vez eu simplesmente não queria parar de olhar pra você de estar perto de você. Eu não consegui conter a enorme vontade de saber mais sobre você, de ter a oportunidade de mostrar pra você quem eu sou. Eu me apaixonei desde o primeiro momento em que te vi, Dianna e isso só aumentou cada vez mais quando eu fui vendo a mulher maravilhosa que você é. – Harry sorriu de lado mexendo em algumas flores.
-Você disse que era insano! – Dianna riu sem olhar Harry.
-Você é a minha insanidade. – Harry se aproximou por trás de Dianna que se virou para ele.
-Sabe o significado de insanidade? – Dianna levantou a sobrancelha fazendo uma careta engraçada.
-Insanidade: ação que revela falta de juízo, de bom senso. – Harry sorriu de lado se aproximando ainda mais de Dianna, porém com as mãos para trás.
-Insano significa aquele que não tem saúde mental, que está alienado, doido, louco. – Dianna o olhou com intensidade, fazendo-o retribuir com um belo sorriso.
-Insensato, doido, pode me chamar do que for. Talvez você afete minha saúde mental. – Harry tirou uma rosa vermelha de trás das costas e deu para Dianna. – O que importa é que isso é a melhor coisa que eu já senti na minha vida! – Harry sorriu e vagarosamente se aproximou de Dianna e acariciou seu rosto. – Eu amo você. – Disse sorrindo agora com seu nariz encostado no dela. Dianna sorriu.
-Eu também te amo, Harry. – Dianna podia sentir um arrepio percorrer em todo o seu corpo ao sentir as mãos de Harry descerem pelo seu braço até alcançarem sua cintura. Ele puxou seu corpo para mais perto do dele enquanto sua outra mão subia vagarosamente até a nuca de Dianna. Ela delicadamente ergueu os dois braços, abraçando seu pescoço. Ele estava em transe. Aqueles olhos verdes e brilhantes olhavam diretamente nos dele, e parecia que ela tinha o poder de dominá-lo na palma de sua mão. Finalmente depois de tocá-la com todo o seu amor Harry deixou seus lábios encostarem no dela. Eles finalmente se beijaram.
Penny estava na sala do grêmio, remexendo alguns papéis. Ela encarava o relógio ansiosamente. Não entendia bem o porque, mas queria ver John. O natal havia sido completamente insuportável pra ela, tendo que ouvir seus pais assim como os pais de Matthew falarem sobre o quanto era importante eles estarem juntos, pois eram perfeitos um para o outro. Ela ainda gostava dele, era verdade, mas não sabia exatamente o que significava pra ele. Quando o viu no baile pisando em seus sentimentos começou a se questionar sobre o que ele realmente esperava dela, amor ou uma mera aprovação de seus pais. Quando John finalmente entrou na sala ela se levantou animada pronta para cumprimentá-lo, mas seu sorriso logo se fechou ao avistar uma menina com ele. Era Spencer Logan, uma menina linda de cabelos cacheados e negros, e olhos claros. Os dois riam em meio a uma conversa confusa demais para Penny que apenas os encarava.
-Boa tarde, Penny. – John sorriu simpático.
-Oi. – Ela disse encarando Spencer que lhe sorriu também.
-Essa é a Spencer, ela vai ser minha secretária de campanha. – Ele explicou fazendo Penny sorrir falso em cumprimento a Spencer.
-Que legal. – Ela disse seca.
-Você vai adorá-la ela é incrível super organizada, como você. – John sorriu fazendo Spencer sorrir.
-Vai me deixar mal acostumada! – Spencer disse com as bochechas coradas.
-Você sabe que é verdade. – John respondeu num tom carinhoso. Penny encarava tudo aquilo com uma expressão incomodada. Aqueles sorrisos, aquelas palavras e elogios cheios de “puxa-saquismo” eram irritantes demais pra ela.
-E então, vocês se conhecem a muito tempo? – Penny perguntou enquanto encarava Spencer de cima a baixo. Não podia negar, ela era linda e aparentemente inteligente, também não podia dizer que elas duas não tinham características em comum, a começar pelo modo independente de falar. Spencer com aquela saia xadrez e uma blusa despojada em cima de seu salto alto escarpam parecia ainda mais charmosa que Penny em seu look presidencial. Sempre odiou secretárias, eram sempre as amantes dos grandes chefões em filmes e não estava disposta a enfrentar isso agora. Droga, estava com ciúme?
-Nos conhecemos do clube de artes. – John disse sorridente. – Penny você devia ver as pinturas que ela faz, isso quando ela não serve de modelo para alguns quadros nossos. – Ele levou as mãos aos bolsos encarando Spencer que sorria.
-Ele está exagerando. – Spencer explicou.
-Ela está sendo modesta. – Ele riu.
-Imagino que sim. – Penny disse entre os dentes.
– Bom, agora que vocês já se conhecem podemos ir, Spence. – Ele disse fazendo-a assentir.
-Aonde vocês vão? – Perguntou Penny franzindo o cenho.
-Vamos verificar alguns números da campanha. – Spencer respondeu por John que apenas sorriu. – Tchau, Penny, foi um prazer conhecê-la. – Ela disse enquanto Penny ainda os encarava. John apenas acenou pra ela que permaneceu ali furiosa. Ela olhou a porta para constatar se não havia ninguém ali para poder pegar a ficha curricular de Spencer dentro das pastas de John. Ela leu com atenção cada linha. – Clube de artes, extracurricular de biologia, geopolíticas e física, clube de teatro e clube de história greco-romana. – Ela arregalou os olhos enquanto lia aquilo. – Nem eu faço tanta coisa, essa garota é a mulher maravilha? – Ela disse irritada.
-Penny? – Rachel apareceu fazendo-a pular.
-Oi, Rach... – Ela rapidamente guardou as folhas nas pastas de John.
-Penny, não me diga que estava olhando a campanha do John. – Rachel disse franzindo o cenho.
-Não, eu só estava procurando uns contatos de uma gráfica pra fazer o meu slogan, ele disse que estava ali, mas eu não achei, depois peço pra ele pegar. – Penny sorriu.
-Entendi. – Rachel sorriu. – Eu só vim perguntar se você vai precisar que eu faça alguma coisa pra campanha hoje... – Rachel disse fazendo cara de sabida.
-Você é mesmo a melhor secretária de campanha do mundo, não é? – Penny sorriu fazendo Rachel corar. – Mas não, eu já adiantei a papelada e entreguei pro diretório acadêmico, também já preparei meu discurso para o debate da semana que vem e estou treinando pras perguntas que possivelmente serão feitas. – Penny suspirou. – Só preciso que você mande os folhetos com os ideais da nossa campanha pra gráfica o quanto antes. – Completou.
-Tudo bem. – Rachel sorriu. – Estamos bem adiantados, não é? – Perguntou se sentando ao lado de Penny.
-Pois é, ainda bem que eu usei as férias para deixar tudo esquematizado, ah e você se lembrou de pegar os números da campanha? – Perguntou.
-Claro. – Rachel respondeu. – Estão aqui. – Ela tirou da bolsa. Penny deu uma olhada e logo bufou. – Ainda estamos empatados. – Reclamou.
-Relaxe, se continuar neste ritmo estamos garantidos. – Rachel disse carinhosa. – Eu vou agora levar isso pra gráfica. – Disse se levantando. Ela estava caminhando até a porta, mas Penny a chamou fazendo-a se virar pra ela com o olhar atento.
-Você acha que eu faço muitas coisas? – Penny perguntou.
-Faço sua campanha há quatro anos e sinceramente nunca conheci alguém que faz tanto quanto você. – Rachel riu. – São quantas atividades mesmo além do Grêmio? – Perguntou.
-Quatro. – Penny sorriu. – Mas o clube de francês não conta porque é um hobbie. – Respondeu.
-Ta, mas e a extracurricular de história, geopolítica e o clube de debate? – Perguntou Rachel sorrindo.
-É talvez você tenha razão. – Penny riu.
-Agora eu já vou indo, se precisar me ligue. – Rachel deu uma piscadela pra Penny que apenas sorriu e logo saiu fechando a porta atrás de si.
-Can! – Paul chamou-a quase num sussurro.
Capítulo 8
It's a new year
-Oi! – Ela o abraçou e em seguida depositou um beijo em seus lábios finos. – Estava com saudade. – Ela disse olhando ao redor. – Vamos pra onde? – Perguntou entrando rapidamente no carro dele que estava estacionado há duas esquinas do colégio para que ninguém os visse.
-Pensei em irmos ao Hard Rock Café do outro lado da cidade. – Paul deu uma piscadela antes de beijá-la novamente.
Nesse momento Melanie e Lucy passavam juntas conversando. – É sério, esse ano está uma droga, parece que ninguém tem nada a esconder de mim. – Melanie disse até avistar o carro de Paul parado.
– Ei...espera. – Ela disse.
-O que houve? – Lucy arqueou a sobrancelha.
-Aquele ali é o carro do Paul? – Ela perguntou. Lucy apenas balançou a cabeça em sinal de positivo. – Quem está no carro com ele? – Melanie se aproximou de forma disfarçada para poder olhar mais de perto e tentar identificar a pessoa que estava com Paul dentro do carro.
-Melanie, vamos embora, deve ser uma namorada, e dai? – Lucy disse.
-Espera! – Melanie disse arregalando os olhos. – Eu vi alguém usando aquela pulseira hoje. – Melanie disse ao ver a mão de Candy para fora da janela. – Candy. – Ela disse como se fosse atingida por alguma coisa.
-Candy Thompson? – Lucy franziu o cenho. – Está louca? Candy não faria nada contra as regras da Bella. – Disse enquanto Melanie tirava fotos.
-Mas ela fez. – Melanie riu. – Eu vi essa pulseira no braço dela hoje, achei linda, perguntei onde ela tinha comprado. – Ela sorriu vitoriosa.
-Outra pessoa pode ter uma pulseira igual a ela, qual o problema nisso? – Lucy riu.
-A resposta dela foi “meu pai a fez. É um modelo único, feito especialmente pra mim.” – Melanie gargalhou como se não acreditasse no que estava vendo.
-Então você vai publicar que eles estão tendo um caso às escondidas? – Lucy perguntou a Melanie que ainda tirava fotos.
-Sim, mas no momento certo. – Ela sorriu. – Agora vamos! – Disse.
-Aonde vamos? – Perguntou Lucy confusa.
-Vamos segui-los. Eu quero algo ainda mais concreto. – Ela disse puxando Lucy para dentro de seu carro.
Dianna estava abraçada a Harry no alto do telhado, agora eles encaravam o belo pôr do sol amarelado, com belos tons riscados de laranja. As flores pareciam estar ainda mais cheirosas devido à brisa leve que soprava do sul. e o frio leve os fazia ficarem ainda mais grudados um ao outro.
-No que você está pensando? – Dianna o encarou com um sorriso encantador enquanto suas pequenas mãos acariciavam as dele.
-Queria poder ficar aqui pra sempre. – Ele acariciou seu rosto antes de dar-lhe um novo beijo. – Aqui agora é o nosso lugar secreto. – Harry riu.
-Seremos como Romeu e Julieta? – Dianna riu também.
-Nessa analogia nossos pais seriam o meu trabalho. – Harry bufou. Dianna segurou firme seu rosto. A luz que vinha do pôr do sol a deixava ainda mais bela. Harry podia sentir que estava com seus olhos fixados nela. – Como consegue ser tão linda? – Ele perguntou fazendo-a corar.
-Está me deixando sem graça. – Dianna sorriu.
-Mas e então, Dianna Allen, meu amor... – Harry se aproximou dela. - Acho que seu Romeu tem direito de saber o que você achou desse lugar e bom...dos beijos... – Harry fez uma careta que contagiou Dianna.
-O lugar é o mais lindo que eu já vi. – Dianna disse esperta enquanto se pôs de pé. Harry a observava caminhar tão cheia de postura e tão delicada. – Quanto aos beijos... – Ela se virou pra ele. – Já tive melhores. – Dianna disse e logo gargalhou ao ver a expressão de Harry.
-Ah melhores? – Ele riu. – Então acho que eu vou ter que te beijar até você mudar de ideia. – Harry disse correndo até Dianna que apenas correu para fugir dele. Ele finalmente a alcançou deitando-a no meio das flores. Ele se apoiou sobre ela e a beijou. Dianna sorria estonteante. Era um sonho estar ali com ele.
-Amor! – Dianna disse assustada. – Já são cinco horas eles vão fechar a escola! – Dianna arregalou os olhos.
-Minha nossa! – Harry levantou assustado. – Você me fez perder a noção do tempo. – Ele disse ajudando-a a levantar. Dianna apertou delicadamente o nariz dele.
-Vamos. – Dianna o puxou, mas Harry a segurou firme para trazê-la de volta para ele, chocando-a contra seu peito forte. Ela acariciou o rosto dele sentindo sua barba espetar seus dedos.
-Quero te dar mais um beijo antes de irmos. – Harry se inclinou para beijá-la. Ele sorria entre cada beijo. – Não consigo parar. – Ele brincou fazendo-a rir.
-Não quero que pare. - Ela sussurrou enquanto ele apenas depositava alguns leves selinhos em seus lábios rosados. – Temos que ir, senão vamos ficar presos aqui! – Dianna disse rindo antes de puxá-lo atrás de si.