Capítulo 7
A merry Merry Christmas
Candy e Paul riam enquanto conversavam sobre a escola. Já estavam ali parados dentro do carro há algumas horas. Já haviam cantado, brigado, e falado sobre as mais diversas coisas que faziam parte de suas vidas. De repente o relógio de pulso de Paul despertou anunciando que já era natal.
-Feliz Natal, Can. – Paul sorriu enquanto a olhava intensamente.
-Feliz Natal, Paul. – Candy respondeu, mas logo abaixou a cabeça com vergonha. – Parece que vamos passar a noite juntos aqui. – Ela pôs uma mecha de cabelo para trás da orelha antes de encarar Paul novamente.
-Pois é. – Paul sorriu.
-O que foi? – Candy franziu o cenho encarando-o fixamente.
-Eu acho que sou apaixonado por você. – Paul disse olhando fixamente os olhos azuis de Candy que ficou sem reação. – Eu sei que você me acha um nerd idiota e que me vê apenas como seu tutor de álgebra, mas eu sempre, desde a primeira vez que te vi na escola há quatro anos atrás com aquela trancinha e saia rodada, sou completamente apaixonado por você. – Disse fazendo Candy engolir a seco como se processasse tudo aquilo. – Desculpa! Eu... – Logo suas palavras foram cortadas por Candy que se debruçou e o beijou. Paul pode sentir todos seus músculos ficarem rígidos, e seus pelos do braço se arrepiaram. Ele logo a puxou pra mais perto. Paul sorriu. -Se eu soubesse que isso iria acontecer já teria me declarado antes. – Fez careta fazendo Candy corar.
-Eu não sei porque fiz isso, me desculpa. – Ela disse sem graça enquanto ajeitava sua touca.
-Tem certeza de que não? – Ele riu. – Parecia bem decidida, você até me deu uma mordidinha que eu senti. – Paul gargalhou ao ver que a expressão que gerou em Candy.
-Idiota! – Ela disse com raiva, mas ele logo foi se achegando novamente fazendo-a sorrir. – Eu não posso fazer isso, não agora. – Disse tentando quebrar todo e qualquer clima.
-Olha, Candy, você já fez. – Paul disse confuso.
-Eu sei, é que foi um impulso, quer dizer, eu quis, quis mesmo, mas eu não posso, Paul, a Belatrix me expulsaria da equipe na mesma hora. – Disse sem graça percebendo a irritação de Paul ao ouvir aquelas palavras.
-Então se importa mais com a torcida do que com o que está sentindo por mim? – Ele riu irônico.
-Quem disse que eu sinto algo por você? – Candy disse grosseiramente tentando não demonstrar o que realmente sentia.
-Ah, não? – Paul a encarou enquanto ela olhava pela janela a neve caindo bruscamente. – Então por que me beijou? – Ele sorriu fazendo-a olhar pra ele. – E por que toda vez que ficamos perto você acha um jeito desesperado e desajeitado de fugir? – Ele disse agora se aproximando, Candy sabia que era verdade, sentia tudo o que ele dizia agora mesmo, e dessa vez não tinha pra onde fugir. – Admite, Candy, você gosta de mim. – Sorriu se aproximando ainda mais dos doces lábios de Candy.
-Como você é convencido. – Ela disse em transe.
-Não sou. Eu só não quero desperdiçar esse momento. Estamos nós dois aqui, sem aquela escola idiota, sem panelinhas, sem a Belatrix. – Ele a encarou nos olhos. – Somos apenas eu e você, e uma linda noite de natal, admite o que sente, sabe que eu sinto também, podemos ficar juntos. – Ele disse e logo se inclinou para beijar Candy que não conseguiu resistir. Ele colocou a mão por debaixo de seu pescoço quente devido ao agasalho, puxando devagar alguns fios de sua nuca.
-Eu também to apaixonada por você. – Candy disse num impulso incontrolável.
-Eu tinha certeza disso. – Ele riu enquanto soava convencido demais pra ela que fez uma careta.
-E eu tenho certeza de que você é um bobão. – Ela riu sem graça antes de dar um selinho em Paul que parecia transbordar de tanta felicidade.
-Vamos ficar juntos? – Ele perguntou. – Quebrar os estereótipos e ser felizes? – Paul riu enquanto a beijava levemente.
-Vamos. – Ela riu de volta. – Mas eu preciso que faça uma coisa por mim. – Candy disse séria. – Eu quero ficar com você, Paul, mas até eu falar com a Bella, não quero que ninguém saiba, ok? – Ela pediu fazendo-o bufar.
-Quer que a gente fique escondido? – Ele se afastou um pouco dando um leve soco no volante.
-É só até as Regionais, por favor, e depois eu conto pra ela e assumimos. Eu juro. – Ela fez um beicinho.
-Mal estamos juntos e você acha que pode me convencer com esse biquinho aí? – Paul riu enquanto ela se aproximava dele devagar. – Tá, tá legal, eu não sou uma pessoa difícil, mas, Candy, eu quero que me prometa: Depois das Regionais vamos ficar juntos de verdade! – Ele pediu.
-Eu prometo. E você me promete que não vai contar a nenhum dos seus amigos e que não vamos dar bandeira até a Bella ouvir isso da minha boca, ok? – Pediu.
-O que eu não faço pelo amor de uma líder de torcida. – Paul riu antes de Candy pular em seus braços e dar-lhe um outro beijo agora ainda mais intenso. Ele deixou suas mãos deslizarem até a cintura dela trazendo-a pra cima de si, enquanto Candy delicadamente acariciava seu rosto. Os dois sorriram e continuaram ali aos beijos.
Era manhã de Natal, Willian e Caroline já estavam de pé arrumando a mesa para o café da manhã. Os dois tinham um extremo bom gosto, provavelmente fora deles que Giovanna herdou o dom da ornamentação. Caroline, apesar de ser médica sempre admirou tudo o que envolvia decoração, e Willian era o tipo que se orgulhava de botar as mãos na massa e fazer tudo o que lhe era imposto. Os dois sorriam e pareciam entretidos enquanto estavam ali, deixando a mesa com uma aparência mais aconchegante e acolhedora. Enquanto isso Santana e Duan disputavam o banheiro.
-Precisa de tanto tempo aí dentro, garota? – Perguntou Duan batendo com força na porta do banheiro.
-Por que não vai se defumar um pouco, presuntinho? – Gritou Santana de dentro do banheiro.
-Só se você jurar que vai depilar seus pelos, Grinch! – Ele gritou rindo.
-Morre, Duan! – Exclamou Santana ao abrir a porta. – Não sabe esperar? Até parece que gosta de tomar banho. – Ela riu sarcástica.
-Olha quem fala! – Ele virou os olhos.
-Eu não tenho cheiro de presunto! – Santana deu um tapa na cabeça de Duan antes que ele adentrasse o banheiro.
-Mas será que vocês não cansam? – Disse Harry saindo do quarto. – Vocês me acordaram. – Reclamou.
-Já estava na hora mesmo, tem alguém ansiosa pra te ver. – Santana apontou para o quarto de Giovanna. Harry sorriu e caminhou em direção à porta. –Espera! Melhor tomar um banho e escovar os dentes antes não acha, professor? – Santana riu encostada na porta do banheiro.
-Tem razão, vou ao banheiro do quarto da Caroline. – Correu Harry.
-Espera, tem outro banheiro nessa casa? – Perguntou Santana de cara feia. – Duan, seu gordo miserável, eu apressei meu banho matinal por sua causa! – Ela começou a socar a porta com raiva enquanto escutava os risos de Duan vindo de dentro do banheiro.
-Bom dia! – Gritou Giovanna descendo as escadas.
-Bom dia, minha querida, pode pegar algumas frutas na cozinha pra mim, por favor? – Pediu Caroline.
-Claro! – Disse Giovanna adentrando a cozinha.
Ao entrar na cozinha o celular de Giovanna apitou em seu bolso, e fazendo-a largar as frutas em cima da bancada para poder ver o que era. Ao abrir o celular, Giovanna se deparou com uma mensagem de Mike, e antes mesmo de abri-la, ela sorriu de ponta a ponta. Era uma mensagem desejando feliz natal, e dizendo que estava com saudade. As palavras doces que Mike escrevera na mensagem, fizeram Giovanna corar na mesma hora, porém Santana adentrou silenciosamente a cozinha, e viu que a mensagem era dele. Com raiva ela virou Giovanna para si.
-Que meigo. – Ela cruzou os braços.
-O que é agora, Santana? – Giovanna colocou as mãos na cintura.
- Você deveria estar com o Jeremy ainda! Esse é o problema, esse garoto não serve pra você! – Exclamou Santana.
-Você quer ficar com ele, é isso? – Perguntou Giovanna confusa.
-Eca, mas é claro que não! – Santana fez cara de nojo.
-Vai me dizer que não acha ele lindo? – Giovanna sorriu como se lembrasse da fisionomia de Mike. – Os olhos castanhos, a cor morena da pele, ele é quase uma versão sua, mas masculina, e menos louca. – Giovanna brincou.
-Está me comparando com ele? – Santana demonstrou indignação na voz.
-Só estava brincando, Sants, quero que seja sincera comigo, por que não apoia o nosso namoro? – Disse Giovanna pegando as frutas sobre a bancada.
-Eu nunca ficaria com esse Mike, me dá ânsia só de pensar. – Disse Santana encostando-se à bancada. – Eu só não vou com a cara dele, algo me diz que ele não é uma boa pessoa, e eu não quero te ver sofrer. – Santana mordeu os lábios.
-Desculpa, amiga, mas eu to muito feliz com o nosso namoro, quer dizer, se tem alguém sofrendo com isso aparentemente é você, e eu não entendo. – Giovanna torceu os lábios enquanto encarava Santana que respirava ofegante.
-Me desculpe! – Santana abraçou Giovanna com força e ela retribuiu.- Amo você. – Disse Santana fechando os olhos para segurar as lágrimas.
-Também amo você, feliz natal! – Disse Giovanna sorrindo. – Bom, vamos, me ajude a levar essas frutas.
-Claro. – Santana sorriu.
Candy abriu os olhos e pode ver Paul ali, abraçado a ela. Tomou um susto ao constatar que já era manhã. As ruas já estavam com menos gelo, e já tinham algum movimento de lojistas e alguns restaurantes. – Paul! – Ela chamou assustada. – Dormimos aqui, meu pai vai me matar! – Candy o sacudiu.
-Não foi um sonho? – Paul abriu os olhos já sorrindo.
-Preciso que me leve pra casa, meu pai vai ficar uma fera. – Ela disse nervosa.
-Tudo bem, minha mãe também deve estar uma pilha de nervos atrás de mim. – Disse. – Mas quero meu último beijo, namorada secreta, porque não sei quando vou poder te beijar novamente. – Paul caçoou enquanto Candy penteava o cabelo.
-Muito engraçadinho! – Ela riu antes de dar um beijo em Paul. – Agora vamos! – Ela disse enquanto Paul dava a partida.
Rachel esperava na porta do banheiro sem saber que era Duan quem lá estava. Quando ele abriu a porta, os dois se olharam fixamente, e mais uma vez o gaguejo tomou conta de Duan.
-B-Bom d-dia – Disse Duan nervoso.
-Bom dia, Duan! – Rachel sorriu entrando no banheiro.
-Bom dia! – Ele repetiu fazendo-a rir antes de fechar a porta. -Que idiota, eu já tinha dado bom dia! – Duan sussurrou enquanto batia em sua própria testa.
-Ei, cara, não se maltrate, não vai resolver seus problemas assim. – Disse Harry debochando enquanto se aproximava.
-Olha quem está falando, o maluco pedófilo de ontem à noite. – Duan riu dando um abraço em Harry.
-Bom dia! – Disse Dianna saindo do quarto, já arrumada para descer. Harry se virou devagar para Dianna com um enorme sorriso no rosto.
-Bom dia, Dianna. – Ele se aproximou.
-Bom, vou descendo logo, espero vocês lá embaixo. – Disse Duan dando uma piscadinha para Dianna que corou.
-Me desculpe por ontem. – Disse Harry se encostando à parede.
-Por tentar me beijar ou por sua mãe ter interrompido? – Dianna sorriu.
-Depende do que foi que te ofendeu e te fez ir embora daquele jeito. – Ele a puxou pela mão, trazendo-a para perto dele.
-Me desculpe por ter saído daquele jeito. – Pediu Dianna já perto de Harry. – Eu fiquei um pouco nervosa com toda a situação. – Ela sorriu.
-Também estou. – Ele sorriu de volta. – Mas que tal a gente tentar de novo? – Harry sussurrou se aproximando e pegando na cintura de Dianna.
-Achei que queria que fosse algo romântico. – Dianna sorriu frouxo.
-Eu já não aguento mais esperar... – Harry disse num sussurro. Ela fechou os olhos, e pôs suas mãos no rosto de Harry, porém mais uma vez foram interrompidos antes de conseguirem se beijar ao abrir da porta do banheiro, os dois deram um pulo de susto.
-Aí...Desculpa, gente, eu atrapalhei tudo, não é? – Disse Rachel encarando-os.
-Não. – Os dois coraram. – Tudo bem. – Disseram um por cima do outro fazendo Rachel sorrir.
Escute Flashlight, Jessie J.
-Desculpa mesmo... – Rachel disse encarando Dianna que corou novamente.
– Bom, então vamos descer? – Disse Harry batendo as mãos e correndo na direção da enorme escadaria. Dianna e Rachel o seguiram. -Bom dia e feliz natal! – Gritou ao descendo as escadas.
-Feliz natal, meu querido! – Disse Caroline sorrindo. – Feliz natal, queridas! – Abraçou as meninas. – Bom, o café está mais simples que o jantar, não deu tempo pra preparar muita coisa, quisemos levantar mais tarde. – Ela sorriu.
-Tudo bem, se tiver um café pra mim está ótimo. – Disse Harry sorrindo carinhoso.
-Escute Harry, é manhã de natal, e eu exijo que você tome um café da manhã de verdade, nada de “só café”, sua mãe me mata se descobre que não supervisiono sua alimentação. – Caroline ralhou, fazendo Harry rir.
-Depois nós somos pirralhos, sua mãe ainda manda minha mãe supervisionar o que o senhor de vinte e cinco anos come! – Duan gargalhou.
-Duan, não me faça levantar no meio do café em plena manhã de natal para calar a sua boca! – Harry fez careta.
-Já chega! – Disse Willian num breve sorriso.
-Bom, pelo menos o Harry sabe escolher uma garota, diferente de você não é Duan, que escolheu a Belatrix. – Disse Santana pegando uma maçã.
-Pelo menos eu estou com alguém, não sou como você que fica cercando o Brandon feito uma desesperada só pra tomar patadas! – Retrucou Duan.
-Vou enfiar essa maçã na sua boca, Duan, e aí já teremos uma refeição para o jantar! – Disse Santana fazendo cara feia.
-JÁ CHEGA! – Brigou Willian dessa vez, sério. – Estou com uma enxaqueca tremenda e vocês brigando e gritando. – Reclamou. – Vou voltar a dormir. Divirtam-se. – Ele se levantou e caminhou em direção à escada.
-Não vou nem perder tempo brigando com os dois, nunca vão mudar mesmo! – Caroline revirou os olhos antes de encarar Duan e Santana. – Vou atrás do seu pai! – Ela se levantou.
-Ótimo! Vocês dois estragaram o café da manhã! – Giovanna cruzou os braços com raiva.
- Vou dar uma volta! – Disse Duan se levantando.
-Bom, eu vou subir pra acordar a Annie, senão ela não vai acordar tão cedo. – Disse Dianna se levantando, mas antes beijou delicadamente a testa de Harry que sorriu frouxo com o ato carinhoso dela.
-Santana, cadê seu espírito natalino? – Brincou Harry.
-Eu perco toda vez que olho pra cara gorda do Duan. – Ela riu. – Mas vem cá, você é bem legal fora de sala, quando não está tentando me convencer a prestar atenção na sua aula! – Ela deu um sorriso sincero para Harry.
-Bom saber! – Harry pegou um pedaço de pão e deu uma mordida. –Admiro sua sinceridade. – Ele riu.
-Bom dia! – Disse Annie descendo as escadas ainda de pijama.
-Bom dia, Annie. – Disse Harry antes de receber um abraço da doce e pequena Annie o que o fez sorrir.
-Posso te perguntar uma coisa? – Ela sorriu. -Onde você e minha irmã foram ontem? – Ela arqueou a sobrancelha fazendo Harry engolir a seco.
-Muito bem, mocinha... – Disse Santana tentando mudar de assunto. – Sua irmã e o professor são loucos por química, aproveitam até as datas festivas para falar sobre baforizadores... – Sorriu.
– Catalisadores. – Corrigiu Harry.
– Isso, catalisadores. Acredita? – Santana reformulou com um enorme sorriso brincalhão no rosto que fez Annie sorrir também.
-Acho que química deve ser bem legal. – Ela sorriu finalmente esquecendo o assunto. – Harry, será que um dia pode me ensinar química também? – Annie o encarou com um sorriso inocente.
-Acho que a sua irmã prefere que outro professor te ensine essa coisa de química. – Santana disse entre os dentes fazendo Giovanna rir.
-É verdade. – Concordou. – Annie, meu amor, o que você acha de tomarmos o café no meu quarto enquanto vemos algum desenho? – Giovanna sorriu convidativa.
-Legal – Annie sorriu dando uma piscadela para Giovanna. – Vamos, Santana? – Chamou.
-Claro, pirralhinha. – Santana sorriu. Antes de subirem, Annie retornou a Harry sem que as duas percebessem. Colocando as mãos no ombro de Harry ela cochichou em seu ouvido: - O namoro de vocês vai ser nosso segredo. – Ela sorriu, fazendo Harry corar e em seguida sorrir também.