Capítulo 7
A merry Merry Christmas
Finalmente chegara o dia mais especial do ano: O natal. A neve caía forte nas ruas, bonecos de neves, pinheiros com bolas coloridas, luzes e agasalhos cobriam a cidade de Seattle. Os telhados das casas estavam infestados de pisca-pisca e o bom clima de natal espalhava sorrisos e bondade por todos os lados. Com um casaco branco de lã por cima de um belo vestido azul claro Dianna tocava a campainha da casa de Giovanna e Duan, aonde comemoraria o natal. Ela segurava a pequena mão de Annie em uma de suas mãos e na outra um bolo todo coberto de glacê. Costumavam passar o natal com o pai em Portland na casa de uma tia, mas a pedido do próprio pai que estava demasiadamente feliz com as novas amizades da filha resolveram ficar “num lugar mais divertido, onde não tenha alguém apertando suas bochechas” assim disse seu pai.
-Di! – Giovanna gritou ao abrir a porta, e logo em seguida abriu um enorme sorriso que contagiou Dianna.
-Espero não ter chegado atrasada demais, é que uma pessoa não decidia como prender o cabelo. – Dianna olhou por cima dos ombros para Annie que riu sapeca.
-Então você é a famosa Annie. – Giovanna a encarou. – Adorei seu cabelo! – Ela abraçou Annie que retribuiu sorrindo com as bochechas rosadas. – Vamos entrar, meninas. – Giovanna indicou com as mãos a sala de estar. As duas caminharam devagar, até que Duan veio na direção das duas sorrindo.
-Finalmente, Dianna, me dá esse bolo aqui! – Ele deu um beijo na bochecha de Dianna e logo depois tomou o prato de suas mãos.
-Não comece com suas gordices, Duan. Todos lembramos de quando você era uma enorme baleia e eu me escondia de você quando te via na rua com medo de que literalmente me engolisse como fazia com tudo o que via pela frente, então pega leve. – Disse Santana se encostando à porta que antecede a sala de estar. Santana trajava um belo vestido vermelho com alguns detalhes pretos, nos pés uma bota fechava um look sensual, da forma que ela gostava. Giovanna, por outro lado, também de vestido, usava uma cor de rosa bebê.
-Adoro seu espírito natalino! – Disse Duan que logo depois deu língua para Santana que revirou os olhos.
-Dianna! – Santana disse abraçando-a. – Essa é que é sua irmã? – Ela agarrou as bochechas de Annie que tentava sorrir.
-Ela mesma. – Dianna sorriu tirando o casaco e dando para Giovanna que o pendurou.
-Chato demais isso, até sua irmã é linda, será que existe alguém feio na sua família, ou que pelo menos não seja loiro de olhos claros? – Santana revirou os olhos e logo depois gargalhou de leve.
-Talvez. – Dianna brincou dando um abraço em Santana.
-Adoro o natal, é um clima tão bom. – Disse Giovanna abraçando Annie que sorriu. – Minha mãe e meu pai estão lá em cima terminando de se arrumar, se atrasaram um pouco preparando a ceia. – Giovanna sentou-se à mesa toda enfeitada, repleta de bolos, doces, frutas, comidas natalinas e vinhos.
-Que mesa linda – Disse Annie se sentando. Dianna sorriu passando a mão em seus cabelos loiros. De repente um barulho de batida veio da porta.
-Dianna, pode abrir pra mim, por favor? – Pediu Giovanna. – Tenho que pegar o peru que está no forno. – Ela sorriu.
-Deixa eu te ajudar, adoro peru. – Disse Santana maldosa.
-Eu podia dormir hoje sem ouvir isso, sinceramente. – Duan levou as mãos à cabeça. Dianna levou uma das mãos ao rosto para rir de Santana, antes de caminhar em direção à porta. Mais uma vez um barulho de batida veio da porta, o que fez Dianna apressar os passos. Delicadamente ela pôs a mão sobre a maçaneta e a girou com cuidado. Ao abrir por completo a porta se deparou com Harry que olhava pra baixo, e permaneceu muda apenas o encarando. Ao levantar devagar a cabeça com um belo sorriso no rosto, Harry ficou surpreso ao ver que era Dianna quem abrira a porta. Os dois se encararam por alguns segundos até que Harry sorriu de lado e logo Dianna retribuiu.
-Olá.... – Ele se aproximou e deu um beijo na bochecha de Dianna que corou.
-Oi.... – Ela respondeu gaguejando um pouco enquanto carregava um sorriso bobo no rosto.
-HARRY! – Gritou Duan avistando-o do outro lado da porta. – Vai ser um bom natal, não acha? – Duan o abraçou e logo em seguida passou um dos braços pelo ombro de Dianna que abaixou a cabeça sorrindo.
-Sem dúvidas, vai ser um ótimo natal. – Harry sorria encarando Dianna. – Até mesmo pra você, Duan, porque sabe, eu não estou sozinho, assim que cheguei a porta eu vi que vinha caminhando uma bela moça, e ela parecia vir na direção da sua casa. – Harry torceu os lábios.
-Não vem com essa, Bella está viajando, ela foi pra Paris com os pais e nós estamos brigados. – Ele fechou a cara e logo revirou os olhos.
-Eu não disse que era a Bella. – Assim que Harry terminou as palavras Rachel apareceu na porta com um belo sorriso no rosto enquanto encarava Duan sem graça. Instantaneamente as bochechas de Duan coraram, e ele abriu um enorme sorriso. -Bom, vamos entrando, feliz natal. – Harry deu um tapinha nas costas de Duan e ele e Dianna caminharam em direção a sala de estar.
Duan se aproximou devagar de Rachel, e sorriu. – Eu não sabia que você ia passar o natal aqui comigo. – Ele disse sério. – Quer dizer com a gente, comigo também, mas com a minha irmã, e todo mundo, você entendeu. – Duan gaguejava descontroladamente o que fez Rachel rir.
-Sua irmã me convidou, ela sabe que eu amo o natal e que normalmente passo por ele sozinha. – Rachel dizia baixinho devido a vergonha.
-Então vamos entrar! – Duan pegou a bolsa de Rachel e a pendurou e logo a encaminhou até a sala de estar. Os dois caminhavam sem trocar nenhuma palavra, Rachel apenas mordia os lábios enquanto Duan esfregava as mãos umas nas outras.
-Harry! – Annie se levantou rapidamente para pular em seus braços. Harry a apertou forte.
-Minha princesinha. – Harry sorriu antes de passar a mão sobre o pequeno rosto de Annie. – Olha, sua testa ficou ótima, nem tem cicatriz. – Ele sorriu encarando.
-É, agora já melhorou, a minha irmã passou um remédio. – Annie sorriu enquanto Harry a carregava no colo para colocá-la em sua cadeira.
-RACHEL! – Gritou Santana sorrindo. – Finalmente chegou, Giovanna disse que te chamou, achei que não vinha mais. – Santana levantou para abraçá-la.
-Eu estava meio perdida, mas agora já sei aonde é. – Rachel sorriu se sentando.
-Que bom, assim pode vir mais. – Disse Duan se sentando ao seu lado.
-Pelo visto já estão todos aí – Disse Willian, o pai de Duan e Giovanna, descendo as escadas com os braços abertos.
-Que bom, adoro visitas! – Disse Caroline, sua esposa, seguindo-o. – Bom, acho que só conhecemos a Santana. – Ela pôs as mãos na cintura encarando Duan para que ele os apresentasse.
-Seu filho é um mal-educado, Carol, não aprendeu ainda, deixa que eu apresento. – Disse Harry abraçando-a.
-Essa é Rachel, uma amiga especial do Duan. – Ao término das palavras de Harry, Rachel se pôs de pé e cumprimentou Caroline e Willian que sorriram admirados.
-Mas que bela moça, tão educada, gostei de você, minha querida. – Caroline a abraçou simpática.
-Obrigada, senhora Young. – Rachel retribuiu o abraço.
-Sinta-se em casa, nós adoramos quando Giovanna e Duan trazem os amigos, ainda mais quando são mais educados que a namorada dele, aquela menina é uma nojenta, não acha? – Willian revirou os olhos.
-PAI! – Duan torceu os lábios e coçou a cabeça, envergonhado.
-É a verdade, eu gostaria que namorasse uma jovem como a Rachel, bonita e educada. – Ele sorriu deixando Duan e Rachel com as bochechas rosadas de vergonha.
-E essa é a Dianna amiga especial do Harry! – Duan mordeu os lábios encarando Harry como se desse o troco.
-Mas que menina linda, é a sua namorada, Harry? – Willian se aproximou de Dianna e deu um beijo em sua mão.
-Não. – Harry soltou nervoso.
-Qual é o significado de “amiga especial”, então? – Perguntou Caroline fazendo as aspas com as mãos. – Estamos por fora de novo, querido, estão com gírias novas. – Ela riu.
-É um prazer conhecê-los. – Disse Dianna sorrindo. – Essa é a minha irmã Annie. – Caroline se aproximou e cumprimentou as duas com um enorme sorriso no belo rosto.
-Mas você é ou não é namorada do Harry? – Ela levantou a sobrancelha. – Ah, já sei, estão só ficando, já entendi. – Ela deu a volta na mesa para abraçar Santana. Suas palavras fizeram Harry e Dianna se entreolharam, ambos envergonhados.
-Cadê a Giovanna? – Perguntou Willian se sentando em uma das pontas da mesa. –Ah, acabei de perguntar por você. – Ele disse ao ver Giovanna entrando com um enorme prato nas mãos.
-Espero que gostem da ceia, foi tudo preparado às pressas porque o tempo acabou ficando apertado, ainda bem que Duan e Giovanna sempre nos ajudam! – Caroline sorriu olhando para Willian.
-Bom, vamos então fazer uma oração, e depois aproveitar a comida que com certeza deve estar uma delícia. – Ele passou as mãos uma na outra. – Por favor, Giovanna, faça as honras. Após as palavras de Willian, Giovanna se sentou e todos fizeram uma bela oração agradecendo a Deus pelo alimento e pelo amor que o nascimento de Jesus representava para todos ali presentes.
-Bom, vamos comer! – Disse Duan ao término da oração.
-Mas é claro que a bolinha ia ser o primeiro a atacar a comida. – Santana o encarou fazendo careta.
-Me desculpe, faça as honras, Grinch, o que quer primeiro: Crianças ao molho branco ou Brandon à bolonhesa? – Duan disse sarcástico.
-Que tal carne de porco? – Ela levantou a sobrancelha.
-Já chega vocês dois, vai, vamos comer! – Disse Giovanna pegando seu prato.
Todos se serviram, e encheram os pratos e as taças, brincadeiras e sorrisos marcaram a noite. Rachel e Duan trocavam olhares intensos a todo momento, e na mesma proporção ele e Santana discutiam por algo sem sentido. Harry segurava firmemente a mão de Dianna por debaixo da mesa, o que a fazia sorrir intensamente. Pouco antes da ceia terminar Harry ergueu sua taça.
-Quero propor um brinde, primeiro a vocês que são meus segundos pais, e cada ano que eles não podem estar aqui vocês fazem um belo papel deles, Caroline e Willian, muito obrigado. – Ele disse enquanto Giovanna batia palmas animadas. - E também quero agradecer aos melhores pirralhos da face da terra por serem meus irmãos, Duan e Giovanna, eu realmente amo vocês. – Riu com os dois fazendo palhaçadas para ele. - E agradecer por poder ter pessoas novas e especiais na minha vida. – Todos se entreolharam sorrindo e logo encararam Dianna. – Santana, Rachel, Annie e Dianna, é ótimo ter vocês aqui nesse natal tão especial. – Ele virou a taça para Dianna que estava ao seu lado e ela bateu com sua taça na dele.
-Um belo brinde, meu filho. – Disse Willian brindando com todos na mesa. – Bom, como tradição da família Young é hora dos presentes.
-É a melhor parte da nossa tradição, mamãe adora dar presentes. – Giovanna disse pegando na mão de Rachel que a acompanhou até a sala aonde havia uma enorme árvore de natal toda enfeitada com bolas vermelhas, bonequinhos e é claro, uma bela estrela na ponta. -Vamos começar! – Disse Giovanna acomodando a todos.- Quero dar o primeiro presente pra minha melhor amiga, minha irmã, que sempre foi especial e importante na minha vida: Santana. – Giovanna caminhou até a amiga com um belo pacote nas mãos, todo embrulhado com belas fitas cor de rosa em cima. Elas se abraçavam e todos sorriam.
-É a minha vez agora! – Disse Caroline pegando um embrulho. -Bom, eu quero dar esse presente pro meu marido lindo e tão amoroso que me deu os filhos mais lindos e maravilhosos de todo o mundo. – Caroline deu um beijo em Willian fazendo com que Giovanna, Harry e Duan fizessem caretas.
-Desnecessário, mãe. – Disse Duan balançando a cabeça.
-Como se ele não fizesse isso não é mesmo, Rachel? – Disse Caroline dando uma piscadinha pra Rachel que corou.
Após todos distribuírem os presentes e brincarem com cada um deles, Willian e Caroline se despediram e foram deitar, pois estavam cansados com o dia longo de trabalho preparando a enorme ceia para todos. Santana, Giovanna e Annie subiram para arrumar as camas para as meninas no quarto de Giovanna, e também para deixar a sós Dianna e Harry, Duan e Rachel.
-Que tal darmos uma volta, Dianna? – Disse Harry se levantando e estendendo a mão para Dianna se levantar.
-Claro. – Ela sorriu pegando firme na mão de Harry que a levantou com cuidado sorrindo. – Vamos andar um pouco. – Ele sorriu abrindo a porta para Dianna passar. Antes de Harry fechar a porta ele deu uma piscada para Duan que gargalhou.
-Vamos ao terraço? – Perguntou Duan depois de alguns minutos em silêncio.
-Vamos sim. – Rachel sorriu se levantando.
-Presuntinho! – Santana chegou da escada. – Desculpe atrapalhar, mas a Giovanna pediu pra Rachel subir e pra você ir dormir, porque quem se mistura com porcos farelo come! – Santana gargalhou. – Desculpe não resisti, mas é sério, a Giovanna tá te chamando, Rachel! – Santana se encostou no corrimão da escada e observava a cara de raiva de Duan enquanto Rachel subia sorrindo. -Escuta só, presuntinho – Ela coçou a ponta do nariz- Coloca uma coisinha nesse seu cabeção: você está com a Belatrix, e eu gosto da Rachel, ela não é dessas. – Disse Santana descendo as escadas.
-Como você? – Duan sorriu sarcástico.
-Exatamente, ainda bem que entendeu. – Ela sorriu. – Se quiser ficar com a Rachel termine com a Bella, porque se fizer essa menina sofrer eu mesma te preparo pra próxima refeição. – Santana apontou o dedo para Duan que riu.
-Sabe que não me assusta, não é? – Ele abaixou o dedo de Santana.
-Vamos ver se vai pensar assim quando eu estiver te assando junto com batatas e com uma bela maçã na boca dentro do meu forno. – Ela arregalou os olhos. – Boa noite, gaguinho, mande um beijo pro Pernalonga. – Ela deu as costas e disse enquanto subia as escadas.
-Boa noite, Satã, quer dizer, Santana. – Ele sorriu com as mãos na cintura.
Candy andava com um pouco de dificuldade pelas ruas cheias de neve. Sua bota afundava fazendo várias pegadas por onde passava. Tomava cuidado para não deixar que a caixa em suas mãos com a torta dentro cair.
-Não acredito que meu pai me faz sair na véspera de natal pra pegar uma torta e comprar um presente que ele já deveria ter comprado há muito tempo. -Candy murmurava sozinha enquanto caminhava. O vento que soprava fez sua touca cair no chão. -Ah que maravilha. -Reclamou.
-Acho que isso é seu. -A voz que ela reconheceria de longe soou em seus ouvidos.
-Nossa agora você tá me seguindo? -Candy perguntou mal-humorada encarando Paul que segurava sua touca que havia caído no chão.
-Que tal: Obrigada, Paul pela ajuda! – Ele disse irônico. –Aliás, achei que era um lugar público e bom não sei se você se lembra, mas eu também moro nessa cidade e te respondendo: Não, eu tô esperando minha mãe, por que passamos o natal num restaurante e.... - Paul parou de falar e encarou emburrado Candy. -Eu não te devo satisfações. - Candy soltou uma gargalhada.
-E quem disse que eu quero saber o que você está fazendo? -Respondeu grossa. - E muito obrigada por pegar minha touca. -Candy sorriu falsamente. -Agora pode me devolver.
-Olha, eu acho que falta uma palavrinha mágica. -Paul sorriu de lado e se encostou no carro que estava estacionado na calçada. Candy bufou irritada e rolou os olhos.
-Paul, querido, você poderia, por favor, me dar a minha touca? -Pediu fazendo uma falsa voz doce fazendo Paul sorrir.
-Quase isso, só falta tirar a ironia. -Ele jogou a touca para cima e a pegou rápido.
-Não, é sério, Paul, eu preciso da minha touca, eu tenho que esperar meu pai. E ainda to com essa torta aqui. E olha só que horas já são, dez horas da noite, qual é o problema do meu pai? -Candy olhou rapidamente o relógio em seu pulso e ficou emburrada.
-E aonde você pretende esperar seu pai? -Paul perguntou.
-Aqui, na calçada ué. -Ela respondeu.
Paul tirou a chave de dentro do bolso e abriu o carro que estava encostado. -Anda, entra aí. -Segurou a porta para que Candy entrasse, porém essa continuou parada o encarando.
-Qual é o seu problema? -Perguntou. -Você quer que eu entre no seu carro? Pra que? – Franziu o cenho.
-Você prefere ficar esperando seu pai aí no frio, com a neve caindo na sua cabeça, e seus pés afundando cada vez mais na neve? Você vai acabar ficando resfriada, tirando que seus pés vão congelar. -Paul disse. Candy o fitou por alguns instantes antes de entrar no carro falando.
-Só enquanto meu pai não chega, ok? -Disse. Paul fechou a porta e deu a volta para entrar também no carro.
-Me dê aqui essa torta, vou coloca-la ali atrás. -Ele disse tirando-a da mão de Candy e colocando-a no banco de trás do carro. Não demorou muito para o silencio tomar conta do carro e ser incomodo para ambos. Paul encarava a neve caindo lá fora enquanto Candy olhava para os próprios pés. Até que o celular de Candy apitou. Ela rapidamente pegou e leu a mensagem de seu pai. "Acho que vou demorar mais que planejava, já avisei para sua mãe. Entre em alguma loja para se abrigar. Me espere" - Candy bufou irritada.
-Não acredito! -Exclamou guardando o celular em sua bolsa.
-O que houve? -Paul perguntou preocupado.
-Meu pai vai demorar mais pra chegar. -Disse cruzando os braços e olhando fixamente para a neve lá fora.
-Ah, se você quiser eu posso te levar em casa. -Paul se ofereceu para ajudar. Candy o olhou e deu um sorriso.
-Ele pediu para esperar ele. - Disse e suspirou. - É melhor você ir encontrar a sua mãe. -Ela disse.
-Ela tá presa na neve. -Paul fez uma careta de desanimo. E então novamente o silêncio tomou conta dos dois.
-Ah ninguém merece silencio, por favor liga a rádio. -Candy pediu se animando um pouco e Paul a obedeceu feliz.
A música das Spice Girls começou a tomar conta do lugar e Paul começou a cantar junto com a música e se balançar.
-Yo I'll tell you what I want, what I really really want, so tell me what you want, what you really really want. -Ele se balançava de um jeito engraçado enquanto cantava a música. Candy sem dizer nenhuma palavra o encarou com o semblante surpreso ao vê-lo tão solto e empolgado ali na sua frente. Ela riu e também se empolgou e começou a cantar alto.
-I'll tell you what I want, what I really really want, ,so tell me what you want, what you really really want, I wanna, I wanna, I wanna, I wanna, I wanna really, really really wanna zigazig ha. -Candy gritou e balançava a cabeça animada. Os dois cantaram empolgados fazendo dancinhas estranhas e quando chegaram no refrão os dois cantaram juntos aos berros.
-If you wanna be my lover, you gotta get with my friends, make it last forever friendship never ends,if you wanna be my lover, you have got to give, taking is too easy, but that's the way it is!!!! -Paul usava as mãos como se fossem um microfone. Eles cantaram a música empolgados. Candy batucava nas pernas enquanto Paul dava um show.
-If you wanna be my lover! -Candy gritou a última frase da música que conseguiu e caiu na gargalhada sendo acompanhada por Paul, antes mesmo da música acabar, pois nenhum dos dois conseguia mais cantar, mas apenas rir. -Há quanto tempo que eu não ouço essa música. -Candy falou depois que acabou de rir. -Não sabia que você era uma diva, Paul. -Candy disse e logo gargalhou enquanto Paul fazia uma careta engraçada.
-Ah qual é, são as Spice Girls, vai dizer que elas não são maravilhosas? -Paul se justificou.
-São mesmo. -Candy concordou. – Mas também não sabia que cantava tão bem. – Completou fazendo uma cara de dúvida.
-Tem muitas coisas que não sabe sobre mim, mocinha. – Paul sorriu. – Não sou apenas um nerd irresistivelmente atraente, que sabe muita álgebra e dá aulas em casa para líderes de torcida mimadas. – Ele disse despertando uma careta em Candy.
-Irresistivelmente atraente, claro... – Candy riu. – Bom, se é assim, por que não me fala mais sobre o que você é debaixo dessa capa de nerd sem graça? – Perguntou fazendo ele rir frouxo.
-Com prazer. – Paul mordeu os lábios. – Bom, eu sei tocar violão e piano, eu sei cantar e se quer saber sou muito bom cantando, e eu também componho as vezes, mas isso é um enorme segredo. – Ele riu. – E se quer saber, diferente do que todos pensam, meu maior sonho não é ir pra Princeton fazer medicina, na verdade isso nem passa na minha cabeça, meu maior sonho é fazer música em Julliard. – Completou.
-Nossa, eu nunca poderia imaginar isso! – Candy riu. – Quer dizer, por que está me contando isso tudo se é tão secreto assim? Afinal você mesmo disse que eu não quis ser sua amiga. – Ela perguntou com as bochechas coradas e um olhar encantador que só conseguia deixar Paul mais maravilhado com a beleza dela. Antes de responder ela ofegou como se pensasse numa resposta.
-Talvez dessa forma você me conte algo sobre você que me tire da cabeça que você é apenas uma líder de torcida mimada. – Disse Paul. Candy riu com as bochechas coradas.
-Eu quero fazer teatro em Julliard. – Disse com as bochechas ainda vermelhas. – E eu amo cantar desde que me entendo por gente. – Ela completou fazendo-o admirá-la com os olhos fixos.
-Quem sabe a gente não vai pra lá juntos um dia. – Paul sorriu. Aquelas palavras fizeram as bochechas de Candy corarem antes dela sorrir novamente.
-Eu espero que sim... – Candy disse quase num sussurro deixando seus olhos ficarem ainda mais intensos.
Escute Wannable,Spice Girls.
Dianna e Harry caminhavam em silêncio, observando a neve cair ao redor. Dianna que se esquecera de pegar o casaco antes de sair passava as mãos nos braços, para amenizar o frio intenso. Ao perceber, Harry rapidamente tirou seu casaco e o pôs sobre os ombros de Dianna que sorriu.
-Não precisa, você vai ficar com frio. – Ela sorriu tirando o casaco e devolvendo.
-Antes eu com frio do que você. – Ele sorriu pegando o casaco de sua mão e colocando-o de volta em seus ombros.
-Obrigada. – Ela sorriu. – Onde estamos indo? – Ela parou.
-Não sei bem, eu só queria deixar o Duan e a Rachel a sós, sabe prefiro ele com ela a com a Belatrix. – Ele sorriu.
-A Bella é realmente difícil de aturar, também prefiro a Rachel! – Ela abaixou a cabeça.
-Mas eu também queria ficar a sós com você, e pedir desculpas pelos meus pais, quer dizer pelos pais da Giovanna e do Duan. – Ele riu torto.
-Os considera demais, não é? – Dianna perguntou tirando o cabelo dos olhos.
-Sim. – Ele colocou as mãos nos bolsos. – Eles sempre cuidaram de mim, antes mesmo de Duan e Giovanna nascerem. Meus pais sempre viajaram muito por causa do trabalho, e eu acabava ficando por aqui, até fiz questão de me mudar pra cá, pra ser vizinho deles. – Ele se sentou num banco.
-Parece que a Annie gostou mesmo de você. – Dianna riu. – Ela perguntou por você várias vezes desde aquele dia no hospital. – Disse.
–Sua irmã é idêntica a você. – Harry riu pegando na mão de Dianna. – Ela é uma princesa, acho que estou apaixonado por ela, é tão pequena e tão parecida com você. – Disse fazendo Dianna corar.
-Obrigada. – Ela sorriu. – Somos basicamente eu e a Annie, somos muito unidas, e faço tudo pra ela, e ela por mim. – Dianna olhou para o céu.
-Estrelado, não é? – Disse Harry mudando de assunto.
-Sim. – Ela sorriu.
-Eu tenho um presente pra você. – Harry falou e tirou de dentro de seu bolso um pequeno pacote que fez Dianna corar.
-Eu não comprei nada pra você.- Ela disse sem graça. – Não me disse que também trocaríamos presentes. – Dianna sorriu enquanto abria delicadamente o pacote.
-Quis fazer uma surpresa. – Ele falou quando finalmente abriu e tirou um pequeno ursinho que a fez sorrir.
-Eu amei. – Dianna acariciou o rosto dele. De repente o relógio de Harry apitou, alertando que já era meia noite, os dois se olharam sorrindo.
-Feliz natal. – Disse Dianna encarando-o.
-Feliz Natal, meu amor... – Harry se aproximou devagar para beijá-la. Seus narizes se encostaram fazendo os dois entrarem num tipo de transe, até que seu celular tocou interrompendo-os. Harry fez uma cara feia e abriu os olhos para pegar o telefone no bolso de seu casaco que estava em Dianna. Ela mordeu os lábios e abaixou a cabeça. -Oi, mãe! – Harry atendeu ao telefone coçando os olhos. – Sim, estou muito bem, feliz natal também! – Ele disse. Dianna se levantou e foi para dentro da casa sem que Harry percebesse. -Não, eu estou bem de verdade mãe. – Ele disse se virando para o banco e vendo que Dianna não estava mais ali. – Mãe, eu tenho que desligar, eu ligo pra senhora depois, beijo, te amo. – Disse ele desligando com pressa e correndo pra dentro da casa, porém quando chegou Dianna já estava no quarto. Ele caminhou com raiva até o quarto de Duan que estava lendo deitado na cama.
-E aí, como foi? – Perguntou Duan se levantando.
-Não foi, minha mãe ligou na hora, eu atendi, e quando me virei ela já tinha ido embora. – Harry começou a tirar a camisa.
-Uau, quem diria que a tia Geórgia ainda sabe estragar o clima dos seus relacionamentos, ela não cansa? – Duan riu.
-Cala a boca, Duan! – Harry tacou o sapato em Duan.
-Não se irrite vai, ainda tem amanhã, e eu também não consegui nada. – Duan fechou o sorriso.
-Ué, o que houve? Deixamos vocês a sós. – Disse Harry colocando uma camiseta cinza e larga para dormir.
-Santana. – Disse revirando os olhos. – Ela disse que enquanto eu não terminar com a Belatrix, não vai permitir que eu fique com a Rachel, pois não quer que eu a magoe. –Duan torceu os lábios.
-Sabe que ela não está errada, não é? – Disse Harry se deitando na cama feita de improviso no chão.
-Claro que sei, e é isso que me irrita. – Duan bufou. – Não consigo entender, eu me sinto tão preso a Bella, é como se toda vez que eu tentasse sair dos braços dela algo me puxasse de volta. – Ele encarou o teto. – Mas com a Rachel é tudo tão puro, eu nunca sei o que dizer, eu gaguejo feito um idiota. – Ele riu.
-Pobre, gaguinho. – Harry ironizou antes de rir.
-Até você cara? – Duan tacou o travesseiro em Harry que gargalhava.
-Não se preocupe vai. – Disse Harry parando de rir. – Eu também não sei bem o que eu estou fazendo. – Ele sorriu torto. – Tentei beijá-la e ela foi embora... agora não sei como vou encará-la amanhã de manhã. – Ele coçou a barba por fazer.
-Da mesma forma apaixonada de sempre, que tal assim? – Disse Duan.
-Por que ela foi embora? – Harry sussurrou. – Será que ela não sente o mesmo? Eu achei que nós estávamos caminhando mesmo pra isso... – Ele arregalou os olhos. – Mas é claro, sou um imbecil, ela está assustada, sou professor dela, e estou dando em cima dela, isso é quase pedofilia. – Harry se levantou em desespero. – O pai dela pode me dar um tiro, ou me denunciar, eu posso perder o meu emprego, Duan e ao mesmo tempo nunca ter a garota que eu amo! – Harry o encarou fazendo Duan arregalar os olhos assustado.
-Deixa de ser louco, se acalma. – Duan bateu em suas costas. – Vocês têm saído desde a festa de Halloween. Ela gosta de você também, é bem claro pra todos nós. Ela só deve estar tão confusa quanto você. – Duan deitou em cima dos braços. – Bom, pensa nisso, boa noite. – Apagou a luz do abajur que era a última iluminação do quarto.
-Boa noite. – Harry disse entre os dentes.
Enquanto isso, as meninas no quarto de Giovanna estavam acordadas conversando. Todas riam enquanto comiam uma enorme panela de brigadeiro. Giovanna com suas pequenas pantufas de urso reparou que Dianna estava quieta e foi ao seu encontro.
-Ei. – Chamou a atenção de Dianna. – O que houve? - Perguntou.
-Harry tentou me beijar. – Dianna sussurrou para que as meninas não ouvissem.
-Como é? – Giovanna vibrou. – Mas não beijou? – Ela se encolheu animada.
-Não aconteceu porque a mãe dele ligou e interrompeu o nosso quase beijo. – Dianna revirou os olhos.
-Por que está com essa cara? – Giovanna levantou a sobrancelha. – Isso deixou bem claro que ele gosta de você, devia estar feliz e pelo que você me disse não foi a primeira vez que quase se beijaram.... Você sabe, aquele dia que ele te levou ao planetário. – Ela a encarou com entortando a cabeça.
-Eu sei, e por um lado eu estou, mas por outro estou com medo. – Dianna sorriu de leve. – Não quero me machucar. – Ela abaixou a cabeça.
-Eu conheço o Harry melhor do que ninguém, ele não é do tipo que namora muito, ele está sempre sozinho. Ele nunca sequer acreditou no amor até conhecer você, pode ter certeza de que se ele está agindo assim, falando horas ao telefone com você, te levando a encontros românticos e tudo mais é porque ele está completamente apaixonado. – Giovanna sorriu. – Se ele está desse jeito, é porque te ama. – As duas sorriram.
-Vou lembrar disso na próxima vez. – Dianna encarou o chão sorrindo.
-Giovanna! – Exclamou Santana irritada. – Explica pra nossa amiga aqui que o seu irmão cabeçudo e gordo não serve pra ela. – Santana cruzou os braços.
-Por que não? – Perguntou Giovanna fazendo cara feia.
-Porque ele está namorando a Bella. – Santana revirou os olhos fazendo cara de nojo.
-Isso é. – Giovanna fez careta. – Mas ele não gosta dela, e nem ela dele. – Rachel sorriu com as palavras de Giovanna. -Sem contar que eu voto em você pra ser minha cunhada, e meus pais com certeza vão apoiar a ideia, eles te adoraram. – Giovanna gritou pulando em cima de Rachel.
-O Duan é bonito. – Disse Annie envergonhada. Fazendo com que Dianna risse e a pegasse no colo para colocá-la pra dormir.
-Era só o que me faltava, até você? – Disse Santana arregalando os olhos. – Só eu devo ter bom gosto aqui, apesar de que a Dianna tem um ótimo gosto. – Ela encarou Dianna que corou.
-Seu gosto é o Brandon, tem certeza de que pode ser considerado bom gosto? – Giovanna franziu a testa.
-Brandon é o meu sonho de consumo, você sabe disso, ele é lindo, musculoso, gostoso, e eu não vou desistir. – Disse Santana sorrindo sozinha.
-Brandon ainda gosta da Belatrix, Sants. – Disse Rachel.
-E daí? – Santana a encarou. – Gosto de concorrência, faz a vitória ser mais doce e saborosa no final. – Ela riu.
-Isso tá me enjoando. – Disse Giovanna fazendo uma careta.
-Então vai dormir. – Santana reclamou.
-Pelo visto alguém já foi. – Disse Dianna ao ver que Annie pegara no sono.
-Bom, então agora podemos falar melhor sobre o bom gosto da Di. – Disse Giovanna sorrindo.
-REALMENTE! – Exclamou Santana. – Dianna eu sempre achei que você era quietinha, mas nossa, você fisgou o homem mais lindo que eu já conheci. – Santana gargalhou.
-É verdade Di, ele é lindo, todas as alunas dele sonham com ele. – Disse Rachel apoiando a cabeça nas mãos.
-Sem contar que de uns tempos pra cá o Harry está com uns braços enormes que Dianna que se segure. – Giovanna brincou.
-Vocês estão me deixando envergonhada. – Ela gargalhou.
-Devia era estar orgulhosa, sempre pensei que eu fosse a melhor no quesito conquistar o cara que você quiser, mas quando vi que você à primeira vista conquistou o nosso belo professor de química, eu percebi que nunca chegarei aos seus pés. – Santana brincou.
-Você tem a escola toda nos seus pés, qualquer cara vai querer ficar com você, Santana. – Disse Dianna deitando em seu colo.
-Menos quem eu quero, se não consigo ter o Brandon, quem dirá um Harry. – Ela brincou. – Mas sabe o que eu realmente acho de vocês dois? – Santana a encarou, e todas permaneceram em silêncio para escutá-la.- Vocês se amam, e não sabem nem disfarçar, e isso é o que me fascina, porque eu sei que sou meio louca as vezes, mas eu admiro demais quando pessoas se amam de verdade como vocês dois. – Todas ficaram assustadas com as palavras doces de Santana.
-Acho melhor dormimos depois dessa. – Disse Giovanna pegando seu ursinho e rindo contagiando as outras.
-Você ainda dorme com isso, Giovanna? – Santana arregalou os olhos.
-Mas é claro, é o meu bebê, eu nunca vou dormir sem ele. – Ela o abraçou forte.
-Isso é idiota, tem esse urso há doze anos, e nunca nem deu um nome pra ele. – Santana riu enquanto se cobria.
-Agora eu já achei o nome perfeito pra ele. – Giovanna mordeu os lábios.
-Qual? – Perguntou Rachel sorrindo.
-Mike. – Giovanna disse apagando a luz.
-Você está de brincadeira, não é? – Santana se levantou com raiva e acendeu as luzes.
-O que houve? – Dianna arregalou os olhos.
-Vai dar o nome dele pro seu urso? – Santana arrancou o urso dos braços de Giovanna que levantou assustada.
-O que deu em você, Santana? – Ela tomou o urso de volta.
-Eu não gosto desse garoto e você sabe. – Santana se irritou.
-Qual o seu problema com ele? Nunca nem se falaram, por que o odeia tanto se nem o conhece? – Giovanna levantou o tom de voz.
-Gente, calma, por favor, vocês vão acordar a Annie. – Pediu Rachel pondo a mão delicadamente sobre os ouvidos de Annie que se mexia.
-Quer saber? – Santana engoliu a seco. – Dê o nome do seu namoradinho pra essa porcaria de urso. – Ela se deitou com raiva.
-Eu nunca vou entender qual é o seu problema, Santana. – Giovanna se deitou também. Dianna se levantou com calma e apagou as luzes. Todas dormiram rapidamente, não trocaram mais nenhuma palavra.