Capítulo 4
The first dance
“Preparem-se para o Baile de Boas-vindas com uma banda surpresa. Garantam seus convites, já vendemos quase todos, ah, e seu par também, é claro, mas não se esqueçam, é a vez das meninas. ” Anunciou a caixa de som da maneira mais animada que podia, fazendo com que todos parassem para lhe dar atenção.
-Quem você vai chamar? – Giovanna perguntou a Dianna que olhava desanimada para a caixa de som, que acabara de anunciar o grande evento.
-Ninguém. –Respondeu e começou a andar em direção a sala onde teria a próxima aula, com Giovanna acompanhando-a.
-Como assim? - Giovanna se pôs em sua frente. – Sei que você é nova aqui, mas não precisa sentir vergonha. – Ela sorriu.
-Não tem a ver com vergonha, eu só não estou interessada em levar ninguém, então vou ficar em casa. – Ela sorriu torto para Giovanna que fez careta.
-Você vai sim, nem que seja sozinha, aliás, várias meninas vão sozinhas mesmo. – Giovanna sorriu. –É o último ano, e você acabou de entrar no colégio, é uma boa oportunidade de se enturmar. – Giovanna continuou caminhando.
-Vou pensar no assunto. – Dianna riu balançando a cabeça.
-Você vai sim que eu sei, sabia que é o professor Evans que vai supervisionar o baile? – Giovanna disse sem encará-la.
-E daí? – Dianna mordeu os lábios tentando desconversar.
-Sugiro que vá e mais linda do que nunca quem sabe assim ele não te tira pra uma dança. – Giovanna gargalhou.
-Não sei do que está falando, tá ficando maluca? – Disse Dianna envergonhada.
-Eu percebi, aliás, difícil alguém não ter percebido, mas relaxa, conheço o Harry é da minha família, vai ser um segredo. – Giovanna deu uma piscadinha. Dianna riu, mas resolveu deixar as piadas de Giovanna de lado.
-E você vai com quem? – Dianna mudou de assunto.
-Você vai ver. – Giovanna adentrou a sala e se sentou na cadeira vazia bem ao lado de Mike que concentrado escrevia em seu caderno, enquanto Dianna se direcionou a cadeira no fundo da sala.
-Vai sentar do meu lado? – Mike perguntou a encarando.
-Incomodo? – Giovanna perguntou erguendo a sobrancelha. Mike negou com a cabeça e voltou a escrever alguma coisa em seu caderno. Por alguns segundos Giovanna ficou o encarando em silêncio.
-Você vai ficar me encarando mesmo? – Mike perguntou sem olhar.
-Talvez. – Ela sorriu. – Queria te perguntar uma coisa. – Giovanna continuou encarando-o.
-Pergunte. - Mike levantou o rosto e a fitou. Giovanna deu um sorriso antes de começar a falar.
-Você vai ao baile? – Perguntou e Mike logo a encarou e deu um sorriso.
-Não, isso é idiota. – Respondeu.
-Não é não! – Giovanna se alterou fazendo uma careta de indignação que fez Mike rir. – Não se você for comigo. – Ela disse baixo, mordendo o lábio inferior nervosamente. Mike sorriu.
-Isso é um convite? – Ele se inclinou pra perto de Giovanna que encarou o quadro em branco.
-Talvez. – Respondeu.
-Está me dando uma chance então? – Mike perguntou sorrindo.
-Talvez. – Ela reforçou ainda sem encará-lo. – Mas se for, você vai aceitar? – Ela o encarou rapidamente com uma expressão desafiadora.
-Talvez. – Ele sussurrou balançando a cabeça e já abrindo um belo sorriso que contagiara Giovanna, que logo depois ficou séria novamente. - Mas se realmente for um convite e não uma situação hipotética como você disse, ficarei feliz em dizer que sim, eu vou com você. – Mike mordeu os lábios.
-Então eu já tenho um par. – Ela disse sorrindo com as bochechas rosadas de vergonha.
-Fico feliz com isso, afinal, eu estava ansioso pro que me interessava tanto na festa da Penny me desse outras oportunidades. – Mike disse fazendo Giovanna encará-lo surpresa com suas palavras. Ele estava admitindo que gostava dela claramente, e ela não sabia como reagir além de ficar com as bochechas coradas assim como Mike que piscou pra ela num gesto sedutor. Os dois sorriram e logo encararam o quadro que o professor ligeiramente começara a escrever a matéria. Dianna os observando de longe sorriu e logo se pôs a encarar o quadro também.
Courtney se encontrava deitada na cama de seu quarto, ouvindo música triste, e chorando com uma caixa de lenços de papel ao seu lado. De repente ouviu algumas batidas de leve vindo da porta da varanda, o que a fez levantar assustada. Antes de abrir a porta Courtney pegou uma de suas sapatilhas de balé para se defender caso fosse preciso. Contou de 1 até 3 abriu a porta com a sapatilha ainda nas mãos, porém não viu ninguém.
-Court! – Gritou Peter debaixo da varanda fazendo Courtney gritar de susto.
-O que você está fazendo aqui? – Courtney escondeu o curto pijama dentro de um roupão.
-Espera, por favor! – Peter começou a escalar uma árvore ao lado da varanda de Courtney com alguma dificuldade, mas rapidamente estava ali dentro da varanda de Courtney que o fitava séria.
-O que quer, Peter? – Perguntou cruzando os braços.
-Quero te pedir desculpas, fui um idiota, na verdade eu sou um idiota. Sei que você me acha uma péssima pessoa, mas eu quero muito que me perdoe, eu errei com você, e não devia ter feito isso. – Ele disse antes de engolir a seco. – Não quero que a impressão que você tenha de mim é a de um babaca que tentou de usar, porque a verdade é que você é incrível e merece mais que isso, por isso eu quero te convidar pra ir ao baile comigo, como amigos, para que eu possa me redimir com você, por favor. – Completou pegando em suas mãos pequenas.
-E por que eu devo acreditar em você depois do que você fez? – Perguntou Courtney tentando se soltar das mãos de Peter sem sucesso.
-Confie em mim, me dê apenas uma chance! – Ele pediu olhando fixamente nos olhos azuis de Courtney que suspirou.
-Te dou outra chance pra sermos amigos, mas não quero ir ao baile com você, desculpe, eu não to pronta pra isso. – Disse Courtney com um sorriso de lado. Peter abaixou a cabeça, mas logo sorriu e antes de descer deu um beijo nas mãos de Courtney e depois um na bochecha fazendo-a rir frouxo.
-Já vou, até amanhã na escola, Court! – Disse Peter já descendo do quarto.
-Até, Pet. – Courtney se debruçou na varanda e sorriu pra Peter que já estava no chão caminhando em direção ao portão. Ele acenou e saiu, já Courtney apenas sorriu.
Santana estava parada na frente de seu armário pegando alguns livros. Ao avistá-la Brandon correu em sua direção sem que ela percebesse.
-Santana. – Ele disse ao se aproximar fazendo-a sorrir.
-Olá, bochechinha. – Ela o saudou fazendo-o rir torto.
-Não me chame assim. – Ele disse antes de rir frouxo. – É um apelido idiota. – Completou.
-Desculpe, é que suas bochechas são grandes demais e chamam a minha atenção. – Ela disse sorrindo.
-Não tenho bochechas grandes. – Ele disse antes de balançar a cabeça de um lado para o outro como se notasse o quão estúpido era aquele diálogo. -Eu topo ir ao baile com você. – Ele disse seco. Logo o sorriso vitorioso de Santana se formou, marcando os grossos lábios rosados.
-Finalmente se tocou do que é bom. – Santana se aproximou e passou o braço em volta dele. Brandon rapidamente tirou os finos braços dela de si e riu.
-Não exagera garota. – Ele bufou. – Quero provocar ciúmes na Bella, e sei o quanto ela te odeia, só por isso vou com você. – Ele disse antes de dar as costas para Santana, deixando-a ali com uma expressão vazia. Ela bufou antes de bater o armário com força e sair caminhando.
No dia seguinte, o colégio parecia mais lotado que o comum. Estava havendo uma competição de soletração e alunos de outras escolas, assim como professores e pais lotavam os corredores largos. Peter caminhava pelo mesmo distraído. Courtney ao avistá-lo correu em sua direção segurando alguns livros nos braços. Tentando se apressar ela desviava de alguns alunos que lotavam o corredor.
-Peter! – Ela gritou conseguindo finalmente alcançá-lo.
-Court. – Peter sorriu fazendo-a sorrir.
-Como você está? – Ela perguntou levantando os livros um pouco.
-Bem. – Ele disse pegando os livros pesados dos braços pequenos de Courtney fazendo-a sorrir. - E você, está melhor ou ainda me odeia pelo que fiz? – Peter sorriu de lado ainda sem graça.
-Não guardo rancor. – Disse. - Até porque não sei bem como isso funcionada, nunca entendi aonde se guarda esse tal de rancor, mas minha mãe sempre disse pra não guardá-lo. –As palavras de Courtney saíram de sua boca com tanta inocência que Peter não pôde deixar de sorrir.
-Que bom então. – Ele abaixou a cabeça sem graça.
-Bom, eu só queria, perguntar pra você, bom, porque você me pediu e eu disse não...- Courtney gaguejava um pouco – Bom, enfim, queria saber se você já sabe com quem vai ao baile já que eu não aceitei. – Perguntou abaixando a cabeça.
-Bom, ninguém me chamou, quer dizer, umas meninas até me chamaram, mas não a que eu queria que chamasse. – Peter torceu os lábios.
-A Santana, né? – Courtney ficou séria encarando o chão.
-Bom, é, então eu acho que não vou porque ir sem par é um pouco deprimente. – Peter sorriu começando a caminhar.
-Você quer ir comigo? – Courtney soltou a frase de repente sem sair do lugar. As palavras de Courtney fizeram Peter que já estava andando em direção a sala se virasse assustado.
-Achei que você não tinha aceitado ir comigo. – Ele sorriu de lado confuso.
-Bom, é, mas é porque as meninas que devem convidar nesse baile, e até onde eu sei eu sou uma garota e não você, logo eu é quem tinha que te convidar. – Tagarelou Courtney nervosa pouco antes de respirar fundo.
-Mas é claro que eu vou, foi a melhor coisa que me aconteceu essa semana, Court, obrigado. – Peter caminhou até Courtney e deu um beijo em sua bochecha que logo rosou de vergonha.
-Como amigos, não é? - Disse Courtney com cara de desconfiada.
-Sim, como amigos! – Disse Peter sorrindo voltando a caminhar em direção a sala. Courtney o acompanhou, os dois foram até a sala conversando e sorrindo.
Mais tarde naquele mesmo dia Paul estava novamente deitado sobre o carpete do quarto de Candy, anotando algumas coisas no caderno dela para ajudá-la a resolver a prova. Candy adentrou o quarto com dois copos de suco em mãos e se sentou ao lado dele.
-Aceita suco de uva? – Perguntou ela sorrindo.
-Eu amo suco de uva. – Paul riu antes de pegar e dar uma longa golada.
-Parece que acertei em cheio. – Candy riu simpática. – E então acha que eu estou pronta pra próxima prova de álgebra? – Perguntou.
-Com certeza. – Paul sorriu. – Já anotei mais algumas coisas em seu caderno e deixei alguns exercícios pra você resolver e corrijo assim que você me entregar, mas tente fazer antes da prova, pra eu poder tirar qualquer dúvida que você ainda tiver. – Ele disse simpático.
-Obrigada, Paul, você está me ajudando demais! – Candy corou. – Bom, o que você acha de vermos um filme agora? – Ela perguntou. – Não sei se você gosta desse tipo de filme, mas vai passar Senhor dos Anéis agora na TV e eu adoro, mas gosto de ver acompanhada. – Candy disse sem graça.
-Candy, eu sou nerd, como eu não amaria Senhor dos anéis? –Paul riu já se pondo de pé. Candy sorriu de volta e se levantou também, os dois caminharam até a sala onde Candy ligou a TV. Depois de longas horas os dois ainda estavam sentados no sofá, agora com um enorme pote de pipoca em mãos, e uma jarra de suco de uva em cima da mesinha de centro da sala. Candy e Paul faziam algumas piadas durante o filme e riam bastante. Candy de repente deitou sua cabeça no ombro de Paul e ele logo passou seu braço em torno dela.
-E então já sabe com quem você vai ao baile? – Candy perguntou o encarando.
-Isso é um convite? – Paul perguntou rindo deixando Candy sem graça.
-Ah... Paul, desculpa, mas é que foi só uma pergunta mesmo. – Ela disse corada devido a vergonha.
-Ah... – Paul deu uma risada torta. – Tudo bem, Candy. Você já chamou outra pessoa? – Perguntou sem encará-la diretamente.
-Ainda não, mas não me entenda mal, Paul, é que não cairia bem se eu fosse com você, entende? – Ela sorriu sem graça ainda. Paul bufou.
-Claro, eu entendo. – Ele riu irônico. – Bom, eu acho que já vou, está tarde. – Ele disse seco.
-Mas o filme nem terminou. – Candy disse o encarando.
-Não fica bem eu sair tarde da sua casa, podem pensar besteiras e não cairia nada bem. – Paul disse caminhando até a porta. Candy foi atrás dele.
-Ei, não é pra você ficar chateado com isso. – Ela bufou. – Tente entender que eu não posso. – Ela disse fazendo-o rir.
-Candy, olha eu não penso como você, tá legal? – Paul parou encostado a porta. – Estávamos nos dando bem aqui, nos tornando amigos, você até deitou no meu ombro, rimos e brincamos, e pensei mesmo que você poderia querer ser minha amiga, mas pra você só se for às escondidas. – Ele riu. – Não sou assim. – Disse.
-Eu não posso, por favor, tenta entender, eu e você somos amigos sim, mas é só isso, você está confundindo as coisas. – Candy disse rude fazendo Paul rolar os olhos.
-Tem razão. – Paul disse seco. – Eu vacilei. – Ele riu. – Boa noite, Candy. – Paul disse antes de depositar um beijo na bochecha dela e fechar a porta atrás de si.
-Olha você está sendo um grande idiota. – Ela abriu a porta novamente para gritar aquelas palavras que o fizeram parar.
-Você que está sendo uma patricinha que se importa mais com a sua imagem do que com as pessoas que estão ao seu redor. – Ele voltou para perto dela.
-Não sou uma patricinha. – Candy bufou. – Você que é um chato, sem noção. – Ela bufou. – Quer saber, tchau. – Ela disse grossa antes de entrar novamente. Paul riu irônico e caminhou até o seu carro.